Politica

Mourão diz que ''imposto do pecado'' é balão de ensaio de Guedes

Equipe econômica avalia taxação em produtos como cigarros, bebidas e produtos com açúcar

O presidente interino, Hamilton Mourão, afirmou, nesta sexta-feira (24/1), que a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de criação de um "imposto do pecado" sobre produtos prejudiciais à saúde como álcool, cigarro e doces é um "balão de ensaio".

"O ministro Guedes está lá fora do Brasil, lançou uma ideia que foi imediatamente rebatida pelo presidente. Vamos só lembrar, todos os ministros podem lançar as ideias que eles quiserem. Agora, só tem uma pessoa que decide, se chama Jair Bolsonaro. É o que tem mandato do povo para decidir", afirmou Mourão, ao deixar o Planalto, pouco antes de embarcar para São Paulo.

"Lançar ideia não faz mal nenhum. É balão de ensaio que está jogado aí, não mata ninguém isso aí. Não vamos ver chifre em cabeça de cavalo", complementou. O general também brincou dizendo que seria "lamentável" taxar a cerveja.

Ainda nesta sexta, na Índia, Bolsonaro rejeitou o imposto proposto por Guedes. "Não terá qualquer majoração de carga tributária", afirmou o chefe do Executivo. 

"Ô Moro, aumentar a cerveja não, hein Moro..", disse Bolsonaro, confundindo Guedes com o ministro da Justiça, Sergio Moro. "Acho que o Moro gosta de uma cervejinha...será que ele gosta?". 

Em seguida, Bolsonaro corrigiu o nome do ministro: "Ô Paulo Guedes, eu te sigo 99%, mas aumento no preço da cerveja, não", concluiu.