Correio Braziliense
postado em 29/01/2020 15:56
Depois de o presidente Jair Bolsonaro levar um tombo no banheiro da sua suÃte no Palácio da Alvorada no fim do ano passado, a administração da residência oficial decidiu fazer adaptações de segurança no local. Serão colocados barras de segurança e tapetes antiderrapantes no cômodo que atende ao presidente e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O presidente caiu e bateu a cabeça no dia 23 de dezembro, antevéspera do Natal. Na ocasião, chegou a ser levado ao Hospital das Forças Armadas, em BrasÃlia, onde passou por exames, que não detectaram problemas.
Ele passou a noite em observação e voltou para casa na manhã do dia 24 de dezembro. Neste mesmo dia, o presidente concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente e contou ao apresentador Luiz Datena ter sofrido perda parcial de memória. "É aquela história... Vai ficando velho e volta a ser criança. Eu dei uma escorregada, realmente, e foi meio feio o negócio. Perdi a memória, mas graças a Deus, tudo em paz", disse o presidente na ocasião.
Outra medida adotada para evitar novas quedas no banheiro foi mudar a forma de manutenção do piso de mármore. Tradicionalmente, para evitar que a pedra fique porosa, funcionários utilizam cera. O produto, no entanto, deixava o piso escorregadio. A solução foi suspender o uso da cera.
O Palácio da Alvorada, projeto de Oscar Niemeyer, ficou pronto em junho de 1958, quase dois anos antes da inauguração de BrasÃlia, e foi restaurado entre 2004 e 2006. Na época, a obra foi orientada pela então primeira-dama Marisa LetÃcia Lula da Silva, que morava no local com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A maior parte dos presidentes reclama da suntuosidade e pouco aconchego do palácio. Alguns, como Fernando Collor de Mello e, mais recentemente, Michel Temer, não quiseram morar lá. O primeiro preferiu ficar na Casa da Dinda, imóvel que já possuÃa na capital federal. Já Temer, após também fazer reformas no palácio para se mudar com sua famÃlia, desistiu de ocupar o local e continuou no Palácio do Jaburu, residente oficial da Vice-Presidência, onde já morava.
Bolsonaro, desde quando foi eleito avisou que ocuparia a residência oficial, embora tivesse chegado pensar na possibilidade de ocupar a Granja do Torto, também em BrasÃlia, que considera ter mais cara de casa.
Estrutura
Não é só o banheiro que o presidente e a primeira-dama dividem tem piso de mármore. Todos o do imóvel são. Na parte considerada reservada do palácio residencial, localizada no primeiro andar do Alvorada, quatro quartos têm um banheiro ao seu lado, e outros quatro, não. No total, o palácio tem oito quartos que servem ao presidente, sua famÃlia e convidados.
Embora o banheiro do casal não fique exatamente dentro do quarto, o local é considerado uma suÃte porque existe uma porta que isola o aposento. No banheiro, todo revestido de mármore branco, há banheira e chuveiro separados.
O presidente, de 64 anos, tem enfrentado alguns problemas de saúde desde que foi atingido com uma facada no dia seis de setembro de 2018, durante um evento de campanha. Bolsonaro, embora reconheça que está "praticamente recuperado", cita que ainda tem algumas sequelas. "A gente se adapta a essa nova realidade. A facada, juntamente com a idade, é uma combinação bastante perigosa para nós", lembrou o presidente que, frequentemente, tem se queixado de cansaço com a sua exaustiva agenda.
Ultimamente o presidente, por recomendação médica, introduziu uma nova rotina ao seu dia. Tem procurado dormir durante uma hora, todos os dias, depois do almoço. Ele descansa em uma cama em um cômodo que no Palácio do Planalto, seu local de trabalho, localizado entre o seu gabinete e a sala de reuniões.
Questionada, a Presidência não informou o valor gasto com as adaptações no banheiro do Palácio da Alvorada.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.