Politica

Veja quem são os sertanejos que pediram a Bolsonaro o fim da meia-entrada

Bolsonaro colocou-se à disposição do grupo para receber propostas e analisar a edição de decretos que beneficiem o setor cultural e de eventos

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, nessa quarta-feira (29/1), no Palácio do Planalto, promotores de eventos culturais, artistas e cantores sertanejos, que foram manifestar apoio ao atual governo. “Nós agradecemos esse voluntário apoio. Alguns até perderam seus contratos com as respectivas empresas e foram perseguidos, mas isso não foi em vão”, disse o presidente durante a cerimônia.

 

Bolsonaro colocou-se à disposição do grupo para receber propostas e analisar a edição de decretos que beneficiem o setor cultural e de eventos. O presidente disse ainda que é apaixonado pela música sertaneja e que vai este ano à tradicional Festa do Peão de Barretos, em agosto na cidade do interior de São Paulo.

 

O locutor de rodeios Cuiabano Lima, o humorista Dedé Santana e cantores como João Neto e Frederico, Henrique e Juliano e Teodoro e Sampaio participaram do encontro na Presidência da República. Os artistas também entregaram uma carta de apoio ao governo.

 

Fim da meia-entrada

Em discurso, o representante da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori, defendeu o fim da meia-entrada em eventos culturais. “Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação. Nós precisamos corrigir essa injustiça histórica”, afirmou.

 

No Brasil, a política de meia-entrada é definida pela Lei Federal nº12.933/2013 que garante o benefício para estudantes, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos em espetáculos artístico-culturais e esportivos. Alguns estados e municípios também têm  leis regionais que estendem o benefício, por exemplo, a professores.

 

De acordo com a legislação, 40% dos ingressos de um evento devem ser destinados à meia-entrada. A partir disso, os promotores podem cobrar o valor total.

 

Caramoni pediu ainda ao presidente Bolsonaro a regulamentação de questões trabalhistas do setor e um novo modelo de cobrança de direitos autorais. Hoje, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), uma associação privada, é responsável pela arrecadação dos direitos autorais das músicas tocadas em execução pública no Brasil.

 

Emissoras de rádio e televisão, shows, eventos, internet, bares, restaurantes, casas de espetáculos, lojas, boates, cinemas, academias, hotéis, plataformas de streaming, entre outros, são cobrados por direitos autorais. No ano passsado, O Ecad distribuiu R$ 986,5 milhões para 383 mil artistas e outros titulares.

No entanto, artistas sertanejos desmentiram o Palácio do Planalto e negaram ter participado de evento com o presidente Jair Bolsonaro, na última quarta-feira (29/1). Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, duplas como Bruno e Marrone, César Menoti e Fabiano e Matheus e Kauan estiveram na cerimônia,.

Participaram do encontro, de acordo com o Planalto, os cantores:

Os artistas que realmente estavam no evento, de acordo com o próprio Planalto, foram: Bia Ferraz, Breno Ferreira, Cuiabano Lima (locutor), Dedé Santana, Duduca e Dalvan, Gilberto e Gilmar, Henrique e Juliano, Héster e Helena, Jads e Jadson, João Neto e Frederico, João Reis, Marcus Paulo e Marcelo, Paraná, Rejane Carminati, Saonara Power Santana, Teodoro (da dupla Teodoro e Sampaio), João Paulo, EME, Diego (da dupla Diego e Ray) e Guilherme e Vitor.