Politica

Damares pretende apresentar Plano Nacional de Prevenção de Sexo Precoce

Campanha tem como foco retardar o início da relação sexual na adolescência

Correio Braziliense
postado em 03/02/2020 17:31
Campanha gerou polêmica antes mesmo do lançamentoEm meio a polêmicas, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, lançou nesta segunda-feira (3/02) a campanha nacional de prevenção à gravidez na adolescência, que tem como foco a retardar o início da relação sexual na adolescência como método de prevenção da gravidez na adolescência, e afirmou que pretende lançar um plano nacional de prevenção ao sexo precoce para continuar a falar do tema. 

“Vamos continuar conversando com o Brasil sobre a prevenção ao sexo precoce. Queremos apresentar um plano nacional de prevenção de sexo precoce. Nós queremos nesse plano falar às outras consequências do sexo precoce, que não é somente a gravidez e às doenças sexualmente transmissíveis. São doenças emocionais, depressão, tristeza, baixa autoestima. Vamos abordar todas às outras consequências. Vamos para cartilhas, escolas e rodas de conversa”, disse a ministra em coletiva de imprensa do lançamento da campanha. 

Ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a ministra voltou a defender a campanha, que gerou polêmica antes mesmo do lançamento. “Isso não nasceu de uma loucura de uma ministra fundamentalista, radical, moralista. Foi um ano conversando porque a gente precisava e precisa mudar os números que estão postos. Nós buscamos inúmeras propostas, conversamos com especialistas, pais, adolescentes e nós tivemos a coragem de dizer ‘nós vamos falar sobre retardar o início da relação sexual”, defendeu Damares.

Com o slogan “Tudo tem seu tempo: adolescência primeiro, gravidez depois”, a campanha tem como objetivo sensibilizar adolescentes e jovens sobre os riscos e consequências da gravidez na adolescência. O investimento feito foi de R$3,5 milhões. A proposta — que faz parte da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pelo governo no ano passado — quer despertar a reflexão e promover o diálogo entre os jovens e as respectivas famílias. 

De acordo com dados expostos na coletiva de lançamento, em 2018, 434.573 bebês nasceram de adolescentes que têm entre 15 e 19 anos. Neste ano, o Ministério da Saúde distribuirá 570 milhões de preservativos femininos e masculinos em todo o país. 

“Estamos diante de um problema de saúde pública, gravidez na adolescência não é um assunto moral ou um assunto de comportamento somente. A gente precisa estar junto nesse ponto”, disse a ministra. 

Mandetta reforçou a importância da campanha, que será veiculada durante todo o mês de fevereiro na internet e na TV aberta. De acordo com o titular do Ministério da Saúde, a nova campanha é um acréscimo feito à política contra gravidez na adolescência já existente. 

“Não há nenhum tipo de política no Ministério da Saúde que seja única. Essa não é a campanha. A comportamental é muito importante sim e nunca foi feita”, reforçou o ministro.  

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