O perfil oficial da Secretaria de Comunicação do governo federal no Twitter publicou uma mensagem com críticas a cineasta Petra Costa. A mensagem afirma que a diretora do documentário Democracia em Vertigem, que trata do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, se tornou uma "militante anti-Brasil" e está prejudicando a imagem do país no exterior.
A publicação é acompanhada de um vídeo, com pouco mais de dois minutos de duração com trechos de uma entrevista que Petra concedeu ao programa "Amanpour & Company", da PBS, emissora pública e educativa dos Estados Unidos. Ao apresentador, Petra afirma que grupos religiosos evangélicos tem se posicionado contra direitos de gays, mulheres e pessoas negras.
Na mensagem, a Secom afirma que o governo "não fez nenhuma ação contra os direitos de minorias". Em seguida, é reproduzido o trecho em que a cineastra faz críticas a polícia do Rio de Janeiro. "Desde que ele foi eleito, os índices de homicídios cometidos pela polícia do Rio cresceram 20%", diz Petra.
A conta oficial da Secom rebate, com mensagens inseridas no próprio vídeo. "Fake news. Em 2019, o número de homicídios no país teve uma queda de 20%". Apesar das alegações, o Ministério da Justiça, até o momento, contabilizou os crimes cometidos entre janeiro e setembro do ano passado, e ainda não divulgou os dados dos últimos três meses do ano. Embora a taxa de homicídios realmente esteja caindo, não se tem o dado consolidado de todo o ano passado.
A mensagem publicada pelo governo pede que as pessoas não acreditem em ficção. "Nos Estados Unidos, a cineasta Petra Costa assumiu o papel de militante anti-Brasil e está difamando a imagem do País no exterior. Mas estamos aqui para mostrar a realidade. Não acredite em ficção, acredite nos fatos", descreve o texto.
Filmmaker Petra Costa played the role of an anti-Brazil activist and tarnished the country;s image abroad with a series of fake news in an interview on American television.
; SecomVc (@secomvc)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.