Politica

Brasília-DF

Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 04:11


É só o começo

O desafio do presidente Jair Bolsonaro aos governadores para baixar o ICMS dos combustíveis foi uma forma de o capitão dividir essa conta com vários atores políticos, potenciais adversários dele em 2022. E, no grupo, há quem esteja disposto a dobrar a aposta, obrigando a União a dividir todas as suas contribuições exclusivas com os estados. A equipe econômica sabe desse perigo e, por isso, não fez coro à declaração do presidente.

Quem teve a reação mais contundente, chamando o presidente para o ringue, foi o paulista João Doria, que já foi seu aliado. Entre os comandantes dos estados, Doria é visto hoje como o nome mais forte contra Bolsonaro. As apostas são de que essa confusão está apenas no início e a reforma tributária promete esquentar esse clima.


Hora de abrir...
Vai chegar ainda antes do carnaval um pedido de informações do Congresso ao Ministério de Minas e Energia para que remeta ao parlamento detalhes dos contratos da Eletrobras. É que o projeto de privatização da companhia contém um artigo que mantém a garantia da União a todos os contratos. Ou seja,
o que não for pago, fica no seu,
no meu, no nosso.


...mais uma caixa-preta
Na justificativa, o autor do pedido de informações, Alencar Santana Braga
(PT-SP), alerta que o referido projeto não esclarece quais os contratos em que a União é garantidora, tampouco os valores dessa garantia. Técnicos mencionam nos bastidores um montante de R$ 19 bilhões, uma dívida que pode sobrar para a União mesmo depois de a empresa privatizada.


Se um condenado pode…
... Wilson Santiago também pode. Em conversas para arregimentar votos em favor do deputado acusado de recebimento de propina e suspenso do mandato por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, parlamentares citavam casos antigos. Por exemplo, o do senador Acir Gurgacz e do deputado Celso Jacob. Deu certo.


Agora, aguenta
A esperança de parte dos congressistas, ontem à tarde, era de que o voto aberto deixasse as excelências constrangidas em preservar a permanência do deputado Wilson Santiago. Ocorreu o inverso. O Congresso preferiu passar o recado de que quem afasta parlamentar é o plenário e o eleitor.
A novela, porém, não acabou. Santiago continuará na Casa, mas sob intenso desgaste na rua.


Adeus, amigos/ A secretária nacional de Justiça, Maria Hilda Marsiaj Pinto, vai deixar o governo. Num grupo de amigos do WhatsApp, ela explicou que deu sua contribuição ao país e vai “viver a vida”. Marsiaj se casou no ano passado
com um espanhol. Ela atuou na força-tarefa da Lava-Jato,
foi subprocuradora-geral da República. Veja quem está cotado para substituí-la, no
blog da Denise, em www.correiobraziliense.com.br

Por falar em WhatsApp.../Circula na rede um vídeo do deputado Marcelo Freixo (foto) defendendo a descriminalização das drogas. O problema é que vem acompanhado de um texto dizendo que, se for aprovado, estará liberado o oferecimento nas escolas. Isso não está na fala do deputado, mas é o entendimento de parte dos usuários do WhatsApp.

A ponte/ Davi Alcolumbre foi tratado no almoço do presidente Jair Bolsonaro com ministros e chefes de poderes como a ligação mais forte do Planalto com o parlamento, obviamente, depois dos líderes do governo.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags