Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 15:20
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na manhã desta quinta-feira (6/2) que não está preocupado em se reeleger em 2022. "Não estou preocupado com reeleição. Podem continuar escrevendo. Não vou brochar para atender vocês (jornalistas) pensando em reeleição. Eu sou imbrochável", apontou ao rebater críticas da imprensa.O chefe do Executivo concedeu entrevista por cerca de 45 minutos na saída do Palácio da Alvorada. Ele aproveitou para alfinetar o governador de São Paulo, João Doria e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
“Sabe como começou a piorar o relacionamento, ficar ruim? Você viu em algum momento eu atacando Witzel ou Doria? Quando acabei meu discurso na ONU, o povo gostou. O Doria desceu o cacete. O Doria e o Witzel, pelo que eu sei, são candidatos a 2022, é direito deles. Agora me colocar como um obstáculo... Eu tenho que ser massacrado para atingir seus objetivos? Doria e Witzel não aceitaram escola cívico-militar…”.
Bolsonaro disse ainda que foi eleito como alvo pelos governadores em questão e comentou sobre o problema relativo à qualidade da água no Rio de Janeiro.
“Me elegeram como alvo. 'Olha, tem que derrotar esse cara porque se ele vier candidato vai ele e o PT para o segundo turno e daí estamos fora’. Eu não estou preocupado com isso, eu não vou me preocupar com eleição. Vou fazer o meu trabalho. No que puder atender a população, vou atender. Agora, eles não. Em vez de mostrar o serviço deles [os governadores]... pergunta para o Witzel como é que está a água do Rio de Janeiro. Alguém quer tomar um copo de água do Rio de Janeiro aí? Agora botaram detergente na água, olha que coisa linda. Agora, problema dele, eu não vou dar pancada nele. Ele que tem que resolver", afirmou.
Sobre Doria, Bolsonaro criticou o uso do termo "Bolsodoria" nas eleições de 2018. Segundo ele, apesar do governador paulista tê-lo procurado no Rio de Janeiro entre o primeiro e o segundo turno das eleições, não o recebeu para não interferir nas competições estaduais.
“Em São Paulo, tava o governador o tempo todo ali: “Bolsodoria”. Ele foi no Rio de Janeiro para ser recebido por mim no segundo turno. Eu recebi? Não recebi. Mas ele usou Bolsodoria o tempo todo e tava pau a pau com o França (Márcio França). Eu não me meti nas eleições estaduais de São Paulo. Acaba a eleição e agora... Bolsodoria foi útil até aquele momento, acabou as eleições não quer mais”, ressaltou.
Bolsonaro ainda se disse “diferente” de outros políticos e que perto deles é “pobre” e “miserável”.
"Eu sei que eu sou um cara diferente de alguns políticos que temos no Brasil. Eu sou um cara pobre, miserável, pô. Se bem que eu sou mais rico que 98% da população. Eu sei disso, mas perto desses caras eu sou pobre e parece que meu cheiro não faz bem para eles. Minha plumagem é diferente da deles", concluiu.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.