Politica

Aras deve recorrer da decisão de Fachin que homologa delação de Cabral

Consultado pelo Supremo, MPF se manifestou contra a formalização do acordo em que ex-governador do Rio delata autoridades

Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 20:57

Consultado pelo Supremo, MPF se manifestou contra a formalização do acordo em que ex-governador do Rio delata autoridadesO procurador-geral da República, Augusto Aras, pretende recorrer da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que homologou o acordo de delação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral

 

O ministro do Supremo decidiu aceitar o contrato firmado entre Cabral e a Polícia Federal. Procurado pelo Correio, na noite desta quinta-feira (06), Augusto Aras confirmou que pretende apresentar recurso para suspender o acordo de colaboração firmado por Cabral.

 

Para ter acesso a benefícios, o ex-governador carioca se comprometeu a devolver R$ 380 milhões recebidos por meio de propina na época em que ele ocupava o cargo de chefe do Executivo do Rio. No entanto, ao contrário do que faz o Ministério Público, a PF não decidiu, no momento da assinatura, quais benefícios seriam concedidos a Cabral. O acordo segue em segredo de Justiça. 

 

Aras chegou a se manifestar contra o acordo. De acordo com informações de dentro da PF, integrantes do Poder Judiciário também são citados, entre eles ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-governador foi condenado 13 vezes no âmbito da Lava-Jato e suas penas, somadas, chegam a 380 anos de cadeia. Algo que deve mudar agora com a delação homologada. Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016, por força de um mandado de prisão preventiva.  

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags