Politica

Presidente argentino põe em dúvida encontro com Bolsonaro

''Não sei se posso ir, porque nesse dia serão inauguradas as sessões ordinárias do Congresso aqui na Argentina'', disse o socialista Alberto Fernández

O presidente argentino, o socialista Alberto Fernández, pôs em dúvida, na tarde desta quinta-feira (13/02), a realização do encontro entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, marcado para 1º de março, em Montevidéu. A agenda, proposta por Bolsonaro, deve ocorrer às margens da cerimônia de posse do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, como sinal de reaproximação entre o Brasil e a Argentina, após meses de tensão.

"Não sei se posso ir, porque nesse dia serão inauguradas as sessões ordinárias do Congresso aqui na Argentina", disse Fernández à rádio Rivadavia, conforme matéria publicada pelo jornal Clarín. "Se não for possível tentarei encontrá-lo no dia seguinte", acrescentou.

Nesta quarta-feira (12/02), o ministro das Relações Exteriores argentino, Felipe Solá, esteve em Brasília. O encontro entre o presidentes dos dois países foi assunto das reuniões que ele manteve com Bolsonaro e com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo. 

Bolsonaro enviou “um abraço para o presidente (Fernández) e disse esperar vê-lo no dia 1º de março”, disse Solá, após a reunião no Palácio do Planalto.  
No ano passado, o chefe do governo brasileiro apoiou abertamente o então presidente Mauricio Macri, que acabou derrotado por Fernández, um político de centro-esquerda, na eleição presidencial argentina. 

Temeroso de que Fernández, herdeiro de uma economia que vive uma grande crise, adote políticas protecionistas, o governo brasileiro chegou a ameaçar sair do Mercosul, integrado também pelo Paraguai e Uruguai. 
 
O presidente argentino incomodou o Planalto também por ter se pronunciado várias vezes em favor da liberdade do ex-presidente Lula.