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Brasília-DF

Correio Braziliense
postado em 15/02/2020 04:12


Por que falar em reeleição

Ao dizer que a reeleição “é natural”, o presidente Jair Bolsonaro trava um pouco as discussões sobre chapas alternativas ao seu nome, no seu campo político. Antes de qualquer movimento mais ousado de pré-candidatos do centro para a direita, é preciso saber como estará a avaliação do governo em 2021, o “ano das entregas”, ou aquele em que “a ampulheta vira” – e o jogo presidencial começa de fato. Até lá, todas as vezes em que houver um gesto mais nítido dos postulantes, o presidente lembrará: “Tô na área”.

O recado vale também para o ministro da Justiça, Sergio Moro. A forma como o ministro respondeu ao deputado Glauber Braga (PSol-RJ), que o chamou de “capanga” dos Bolsonaro, foi lida no próprio Planalto como um movimento político, para mostrar que o calmo ministro também sabe bater. Aliás, tudo o que o ministro mais popular do governo fala ou faz é visto por aliados de Bolsonaro, em especial os filhos, como um movimento eleitoral.


As gavetas de Fachin
Entre suas promessas de início de ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava-Jato, incluiu esvaziar seus escaninhos. Isso significa que muita gente terá um 2020 para lá de complicado. A desova começa depois do carnaval. A um amigo, ele disse que tudo o que estiver pendente será resolvido.


Informações distribuídas
A partir de agora, com o general Walter Braga Netto na Casa Civil, Moro não terá mais o monopólio das informações sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. Bolsonaro tem, ao seu lado, quem sabe mais do que o governador do estado, Wilson Witzel, e o ministro.


O projeto vai fazer um tour
O projeto que proíbe a produção de carros movidos a combustíveis fósseis (gasolina e diesel), a partir de 2030, passou na Comissão de Constituição e Justiça quase que na surdina, esta semana. Mas, agora, o setor do petróleo está atento. A ideia é colocar a proposta para passear a perder de vista.


Aqui tem muito
O governo, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o texto de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que quer acabar com os carros movidos a gasolina no Brasil, mantendo essa possibilidade para carros oficiais, de representações diplomáticas, estrangeiros e de colecionadores de automóveis antigos. Porém, há quem diga que dez anos é um tempo muito curto para se adotar essa proibição. Afinal, o Brasil é um país produtor de petróleo.


CURTIDAS    

Simulação bem-sucedida/ O secretário de Portos, Diogo Piloni, tomou um susto dia desses ao receber uma foto do que parecia um paciente saindo de maca, de um navio no porto de Santos. Era uma simulação, a primeira feita nos portos brasileiros, sobre que protocolo a seguir em caso de suspeitas de coronavírus. Prevenir, realmente, é o melhor remédio.



A juventude e a experiência/ A deputada Tábata Amaral (PDT-SP) conversou demoradamente esta semana com a ex-senadora e ex-prefeita Marta Suplicy (foto). Os políticos interessados em concorrer à prefeitura de São Paulo estão desconfiados de que a jovem deputada ouviu conselhos para ser candidata a prefeita.

Fiquem tranquilos/ Tábata se dedica ao mandato e a tentar levar mais mulheres para a política. A pausa será no carnaval, quando estará em Recife, no Galo da Madrugada, ao lado do namorado, o deputado João Campos, e do casal Túlio Gadelha (PDT-PE) e Fátima Bernardes. Depois da folia, um breve descanso no interior de Pernambuco, antes de voltar ao trabalho.

Casamento cívico-político/ A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que fez um segundo casamento com o mesmo noivo, o coronel Aguinaldo de Oliveira, para os amigos de Brasília, ontem, programou na cerimônia um momento especial para a entrada da… bandeira do Brasil, ao som do Hino Nacional. Ela casou-se no religioso em 27 de dezembro, numa cerimônia em São Paulo, em outubro no civil, e ontem houve outra cerimônia para as autoridades, em Brasília.
 
 

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