Ingrid Soares
postado em 18/02/2020 13:14 / atualizado em 03/09/2020 01:55
O presidente Jair Bolsonaro repetiu na manhã desta terça-feira (18/2) que não tem envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. “Qual interesse eu teria em matar Marielle?”, questionou.“Não devo nada. O tempo todo vocês forçando a barra. Daquela vez, vocês publicaram o namoro do meu filho (com a filha de Lessa), se quiser eu dou o extrato do depoimento do Lessa. Sem problemas. Inclusive, no depoimento desse cara da Barra da Tijuca, ele morava lá a três, quatro casas da minha [no Condomínio Vivendas da Barra], o [Roni] Lessa, começa falando que ele ouviu dizer do interesse do Flávio em eliminar a Marielle. Olha só, por questão eleitoral, porque iam disputar o Senado. O voto do PSOL jamais virá pra mim. Zero. Assim como os meus jamais virão para o PSOL. Então, não existe isso. Ficam inventando teses para cada vez mais tentar desgastar”, apontou.
Ele voltou a dizer que não teve contato com a vereadora. “O caso da Marielle, tentaram botar na minha conta também. Me aponte uma conversa minha… Por Deus que está no céu, eu fiquei sabendo que ela se elegeu e depois fiquei sabendo que ela morreu, mal tinha informações sobre ela”, afirmou.
Bolsonaro ainda comentou sobre uma suposta briga partidária dentro do PSOL. “Ela tinha uma disputa interna com o PSOL, aí tinha. Ela estava crescendo e tinha gente do PSOL que estava incomodado. Aí não vamos negar. Tem um vídeo do Marcelo Freixo. É só ver, ele falando que jogava futebol no passado dentro de penitenciária, que o juiz era uma preso, ele fala assim mesmo, e ninguém chamava ele de ladrão porque era óbvio, não sei o que, e até hoje mantém liberdade e amizade com essas pessoas. Mantém contato com preso, não sei se é por telefone porque o cara na cadeia está proibido de usar celular na cadeia, não sei, você pergunta para ele aí”. O chefe do Executivo concluiu dizendo que a polícia trabalha com “várias teses, várias teorias, várias linhas de investigação”.
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