Politica

Advogado critica

Correio Braziliense
postado em 19/02/2020 04:04
O advogado de Adriano, Paulo Emílio Catta Preta, disse estar incomodado com a repercussão política da morte do miliciano. Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, ele alertou que “o componente político não é saudável para a solução do caso”. “Nossa atuação é técnica, jurídica. Talvez, se o caso não estivesse em tanta evidência, certamente meus pedidos já teriam sido deferidos, imagino”, disse, em coletiva à imprensa.

Assim como Bolsonaro, a família de Adriano desejava uma necrópsia independente. Apesar do apelo do presidente, Catta Preta preferiu não comentar as atitudes dele. “Não posso fazer uma análise do comportamento do presidente, porque não sou amigo... Não sou nem eleitor dele. O que interessa não é isso. A questão é das autoridades a quem eu tenho pedido que examinem com rigor esse pedido e garantam à família esse direito de fazer a perícia”, pontuou.

Para o advogado, a principal suspeita é de que a morte de Adriano tenha sido queima de arquivo. Isso porque, no último contato entre os dois, em 5 de fevereiro, o miliciano manifestou o medo de ser morto. “Uma coisa é uma pessoa dizer que tem medo de ser morto e uma semana depois essa pessoa morrer. O contexto da informação, para mim, foi distinto. A partir daí é que essa dúvida cresceu”, emendou. (ST)

Suposto vídeo de autópsia
O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) publicou no Twitter um vídeo que seria da autópsia no corpo de Adriano. Ele afirma que existem claros sinais de tortura contra o miliciano. Na postagem, é possível ver o corpo sendo avaliado por legistas. “Perícia da Bahia (governo PT) diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram sete costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro 
quente no peito, dois tiros à queima-roupa (um na garganta de baixo para cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões”, escreveu o parlamentar.

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