Correio Braziliense
postado em 21/02/2020 04:14
A proposta de reforma administrativa, enfim, será enviada ao Congresso, após o carnaval. A renovação da promessa foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro, ontem, na entrada do Palácio da Alvorada. Antes, ele tinha dito que o texto estava maduro. “Está madura agora. Não podemos apresentar uma reforma e, depois, nós mesmos buscarmos deputados e senadores para que ela venha a ser corrigida”, justificou, no discurso de lançamento da nova linha de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal.
Também presente na cerimônia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que Bolsonaro está analisando o texto. “O presidente está dando uma olhada e fazendo algumas mexidas que são corretas”, disse. De acordo com ele, o chefe do Executivo tem o direito de opinar sobre a reforma. “A turma técnica sonhando com um futuro de administração pública completamente despolitizada e desaparelhada. Eles vão lá na reforma e colocam: qualquer funcionário público não pode ter filiação partidária. Aí o presidente fala: peraí. O exercício da política é um direito da liberdade”, argumentou. “Hoje em dia, ele pode ser funcionário público e escolher o partido dele. Não tem problema nenhum. Então, o presidente vai lá e dá uma mexidinha.”
De acordo com o ministro é por causa de “uma mexidinha ou outra” que o texto está “demorando um pouquinho a chegar à Câmara. “O presidente teve 60 milhões de votos e não vai dar palpite na reforma? Tem que dar sim. Então, está lá na mão dele.” A proposta que reformula o funcionalismo público tem sido prometida pelo governo desde o ano passado. (IS)
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