Correio Braziliense
postado em 21/02/2020 04:14
Discurso & prática
Antes de partirem para a folga de carnaval, os líderes partidários e representantes de partidos que compõem a comissão da reforma tributária decidiram não travá-la por causa de qualquer declaração de integrantes do governo, como a do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, sobre o Congresso chantagear o Poder Executivo. “O sentimento que nos une é de blindar a reforma, independentemente de declarações inoportunas que partem de representantes do governo. É esquecer essa narrativa e entregar as reformas”, diz à coluna o deputado Silvio Costa Filho, de Pernambuco, que representará o Republicanos na comissão da reforma tributária.
Em tempo: os congressistas acreditam que o parlamento ainda será reconhecido como o grande artífice das reformas econômicas, uma vez que, até aqui, o governo não enviou um texto da sua lavra para a tributária, e a administrativa já foi adiada várias vezes.
Ciumeira na roda
A perspectiva de o presidente fazer do deputado Osmar Terra (MDB-RS) o novo líder do governo na Câmara deixa os bolsonaristas convictos de orelha em pé. O mesmo presidente Jair Bolsonaro, que tanto criticou o MDB durante o governo do presidente Michel Temer, agora entrega sua articulação política no parlamento a três representantes do MDB.
De mansinho, chegaram lá
O MDB tem a liderança no Senado, com Fernando Bezerra Coelho (PE); a liderança no Congresso, com o senador Eduardo Gomes (TO); e parte para ter ainda a da Câmara, com Osmar Terra. Agora, dizem alguns, só falta o presidente Bolsonaro arrumar algum cargo para Michel Temer.
Nem tudo está perdido
A entrevista do vice-presidente Hamilton Mourão ao CB.Poder, da TV Brasília, publicada no Correio Braziliense, foi lida pelos políticos como a existência de um ponto de equilíbrio no Planalto. Mourão é hoje, dizem alguns, quem pode ajudar o presidente a melhorar as relações, não só com o Congresso como também com a classe empresarial.
Enquanto isso, nas coxias do Senado...
Tem senador intrigado com o fato de Cid Gomes (PDT-CE) ter tirado licença médica do Senado e se apresentar cheio de saúde pilotando uma retroescavadeira. O fato de ele ter levado dois tiros, entretanto, deixa as excelências constrangidas em levar o caso ao Conselho de Ética.
CURTIDAS
Em alta/ Quatro personagens são vistos entre os grandes do PIB paulista como pessoas que devem ser ouvidas em palestras este ano. O empresário e apresentador Luciano Huck encabeça a lista, seguido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Gustavo Montezano (foto).
Apostas/ Os dois integrantes do governo são vistos como “revelação” do governo Bolsonaro e há curiosidades sobre o que têm a dizer aos papas da indústria e do comércio. Os outros dois são promissores no campo político.
Sortudos/ Um grupo de ex-parlamentares e assessores comemorou muito o resultado da Mega-Sena desta semana. Eles fizeram um bolão de última hora, durante um almoço na quarta-feira, e terminaram entre os 133 acertadores da quina da mega. Cada um levou R$ 8,6 mil.
Nas redes/ A retroescavadeira usada por Cid Gomes e o uniforme de empregada doméstica acompanhado de um Mickey de pelúcia, e do cartaz “empregada do Paulo Guedes”, bombam no carnaval do WhatsApp. Chovem memes sobre essas duas situações.
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