Correio Braziliense
postado em 22/02/2020 04:04
O presidente Jair Bolsonaro embarcou na tarde de ontem para a base militar do Forte dos Andradas, no Guarujá (SP), onde passará o feriado de carnaval. Sem a primeira-dama, Michelle, ele viajou acompanhado da filha Laura, de 9 anos, e do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ). A previsão é de que se juntem a ele o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), que também levará a mulher e as duas filhas, e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. O presidente deve voltar a Brasília na próxima terça-feira.
Antes da viagem, Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada um grupo de aproximadamente 30 apoiadores, que esperava na portaria para tentar cumprimentá-lo e foi pego de surpresa com o convite. O encontro durou cerca de 15 minutos.
O agricultor Paulo Fernandes Ribeiro veio do Rio de Janeiro, acompanhado da mulher e da prima. Segundo ele, Bolsonaro falou rapidamente sobre as reformas que pretende fazer (tributária e administrativa) e reafirmou os laços com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
“Uma garantia dele é a de que o Guedes vai ficar com ele no governo até o final. Fiquei emocionado. Fui muito bem recepcionado por ele, não esperava isso. Eu estava de bermuda e chinelos”, disse, apontando para os pés.
A professora da rede pública Aline de Andrade e Silva, de Cuiabá, disse que o encontro foi “um sonho que se transformou em realidade”.
O presidente também passou parte da manhã gravando um vídeo institucional. Era grande a movimentação, dentro do Alvorada, de equipes de filmagem e dele próprio repassando textos.
Segundo Bolsonaro, o vídeo é para uma página que será criada com o intuito de mostrar as ações do governo. Parte da fala foi filmada por um dos simpatizantes recebidos pelo presidente, que voltou a atacar a imprensa e negou a existência de algum atrito com Guedes e que esteja cobrando o ministro que a economia bata metas.
“Estava gravando aqui, agora. A gente está criando uma página para mostrar o que estamos fazendo. Se depender da imprensa, não deturpa mais. Eles (os veículos jornalísticos) inventam. Igual estão dizendo que há uma crise entre mim e o Paulo Guedes, que eu estou cobrando crescimento de 2% deste ano. Este ano mal começou, como é que eu vou cobrar crescimento de 2%?”
Antes de embarcar, Bolsonaro aproveitou o dia sem compromissos para dar uma volta de moto em torno do Palácio. Na saída, rumo à base de Brasília, voltou a cumprimentar simpatizantes na portaria do Alvorada e não falou com a imprensa. Mas aproveitou para alfinetar o governador do Estado do Rio, Wilson Witzel. Quando um dos simpatizantes se identificou como carioca, perguntou ironicamente: “Você não trouxe um litro da água da Cedae para mim?”, sorriu Bolsonaro, referindo-se à poluição que turvou a água que a capital e parte do estado bebem.
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