Politica

''Não temos muito o que comemorar neste dia 8 de março'', diz Damares

Segundo a ministra o governo trabalha em prol das mulheres indígenas, idosas, cristãs e das mães de pessoas com deficiências, autismo e de doenças raras

Correio Braziliense
postado em 06/03/2020 21:55

Segundo a ministra o governo trabalha em prol das mulheres indígenas, idosas, cristãs e das mães de pessoas com deficiências, autismo e de doenças rarasA ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou nesta sexta-feira (6) durante solenidade no Palácio do Planalto do Dia Internacional da Mulher que o Brasil ‘não tem muito o que comemorar neste dia 8 de março’. “Não temos muito a comemorar neste 8 de março, porque há mulheres esquecidas. Essas mulheres começam a ser acolhidas pelo governo federal.”

 

Segundo Damares, o governo trabalha em prol das mulheres indígenas, idosas, cristãs e das mães de pessoas com deficiências, autismo e de doenças raras, categorias “esquecidas” em anos anteriores. Ela disse ainda torcer para que não se precise de uma data para lembrar os direitos e conquistas das mulheres. “Estamos comemorando o Dia das Mulheres. Eu sonho que a gente não precise mais de um dia para comemorar o Dia das Mulheres, que todos os dias seja um dia de reflexão”, apontou.

 

Damares também falou sobre a prática de estupro coletivo em aldeias indígenas. "Existe um ritual, em alguns povos chamado Puxxirum. Significa mutirão. Em alguns povos, escolhe-se mulheres e meninas para fazer um mutirão sexual com ela. Mutirão sexual para mim é estupro coletivo. Existem muitas aldeias que ainda fazem estupro coletivo.Vamos cuidar, sem criminalizar esse índio, sem fazer interferêncuia cultural, [nem] colocar esse índio na cadeia. Nós vamos dialogar com os povos." 

 

E emendou: “Entendam comigo que ainda existem mulheres que passam por estupro coletivo em áreas indígenas em nome da cultura. É esta mulher que o governo Bolsonaro vai lá buscar e dizer: ‘Cultura que dói não é cultura’.”

 

Ela também reconheceu o aumento da violência contra a mulher e que a luta é para que todas as delegacias tenha um núcleo especializado na área. Segundo Damares, em menos de três anos, é possível sair de 9% para 100% dos municípios com delegacias da mulher. “Ainda somos um dos países que mais mata mulher no mundo, mas vamos trabalhar para mudar isso”, concluiu. 

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