A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (10/3), a 8º Fase da Operação Calvário, que investiga indícios de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais que atuam na área da saúde da Paraíba. De acordo com as investigações, os desvios ocorriam por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado.
As diligências apontaram que o esquema contava com a participação de um auditor do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. O agente público atuava para atrapalhar a fiscalização das entidades sociais. Foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, nas cidades de João Pessoa e Bananeiras. As equipes também um mandado de prisão.
A PF também identificou um jornalista, que de acordo com a corporação, tentou atrapalhar a própria operação. O profissional teria se valido de seu papel na imprensa para "constranger investigados ou potenciais investigados" a lhe pagarem propina, ameaçando publicar conteúdo sigiloso. A ação contou com a participação de 55 policiais federais, e 5 auditores da Controladoria Geral da União (CGU).
Os investigados podem responder pelos crimes de extorsão, corrupção passiva e organização criminosa. Somadas, as penas podem passar de 20 anos de prisão.
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