Politica

Bolsonaro: Demarcações foram invenção da esquerda para atrapalhar o Brasil

''O Brasil mudou, a Amazônia é nossa e vamos lutar por ela'', apontou o presidente

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10) que as demarcações de terras quilombolas foram uma invenção de governos de esquerda para "atrapalhar o Brasil". A fala foi dita durante a abertura em Miami da Conferência Internacional Brasil-Estados Unidos: um novo prisma nas relações de parceria e investimentos. O chefe do Executivo ressaltou ainda que não realizará novas demarcações de terras indígenas ou quilombolas. Ele afirmou que o país possui uma ‘verdadeira indústria de demarcação de terras indígenas’.

 

"A nossa Amazônia sofreu de 1992 para cá uma verdadeira indústria da demarcação de terras indígenas. Hoje em dia o Brasil tem 14% de seu território demarcado como terra indígena. Ninguém tem isso no mundo. O que alguns países da Europa queriam que esse governo meu chegasse a 2022 demarcando 20% como terra indígena. Isso não será realizado. O Brasil mudou, a Amazônia é nossa e vamos lutar por ela”, apontou.

 

Bolsonaro afirmou ainda que a escravidão no Brasil ‘não existe mais’ e que ‘os governos de esquerda descobriram também outras formas de atrapalhar o Brasil, com comunidades quilombolas’. “Com todo respeito que temos àqueles que vieram para o Brasil e foram escravizados, abominamos a escravidão, graças a Deus não existe mais no Brasil. Mas essas demarcações de terras quilombolas, têm 900 na minha frente para serem demarcadas, novas áreas, não pode ocorrer. Somos um só povo, uma só raça e queremos nos unir para o bem do nosso Brasil", defendeu.

 

No dia 5 de fevereiro, Bolsonaro assinou um projeto de lei para regulamentação da mineração e geração de energia elétrica em terras indígenas. O texto do projeto é um dos temas perseguidos pelo chefe do Executivo desde o início do governo. O documento dispõe ainda sobre a possibilidade de os indígenas explorarem economicamente suas terras, mediante o exercício de atividades como agricultura, pecuária, extrativismo e turismo.