Correio Braziliense
postado em 11/03/2020 04:04
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News votará, hoje, 52 requerimentos de quebra de sigilos fiscais, telefônicos, telemáticos e bancários de empresas e sócios de empresas de disparo em massa de mensagem. Entre elas estão a AM4, que fez a publicidade do presidente Jair Bolsonaro e do PSL durante as eleições de 2018, e a Yacows, suspeita de disparo de notícias falsas contra o candidato Fernando Haddad, do PT.
A sessão administrativa ocorrerá após o Facebook enviar um segundo relatório informando que um outro computador do Congresso, desta vez no Senado, foi usado para ativar redes de fake news e linchamento virtual contra adversários do presidente da República. Na semana passada, um relatório da rede social indicava que um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) gerenciava, da Câmara, a página Bolsofeios, com a mesma finalidade.
O presidente da CPMI, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), acionou a Polícia Legislativa. “Encaminhamos um ofício para que eles procurem fazer diligências e descobrir onde essas máquinas estão localizadas, para ver que posição vamos tomar. Sabemos que essas máquinas estão aqui dentro, mas não sabemos o gabinete”, ressaltou.
O senador também reclamou da indisposição da rede social em responder as mensagens. “O Facebook tem um problema sério no Brasil. Tem sede aqui, mas não quer se subordinar às nossas leis. Quando nos informou os perfis denunciados, nos passou os IPs, a quantidade de mensagens que transitou pelas máquinas, não nos forneceu os conteúdos”, reclamou. “Estamos acionando a Advocacia-Geral do Senado para que a gente consiga, na Justiça brasileira, meios de acesso aos conteúdos dessas máquinas e de seus respectivos IPs. Não podemos ter IP de uma máquina, saber onde está localizada e não transitar por ela.”
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