Politica

De máscara, Bolsonaro faz live e espera resultado de teste do coronavírus

Presidente pediu que as manifestações marcadas para domingo sejam adiadas

Thays Martins
postado em 12/03/2020 20:47 / atualizado em 03/09/2020 00:22

Presidente pediu que as manifestações marcadas para domingo sejam adiadasDe máscara, o presidente Jair Bolsonaro fez uma live no Facebook na noite desta quinta-feira (12/3). Ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o chefe do Executivo lembrou que faz parte do grupo de risco para o novo coronavírus e não descartou está infectado. "Não tem uma grande letalidade, mas pessoas acima de 60 anos, meu caso, pode ter complicações", afirmou. O ministro também ressaltou esse mesmo ponto. "Um homem de 64 anos, que sofreu aquela agressão, a facada, superou, tem o sistema imunológico bom… a grande maioria sai muito bem, como uma gripe. Se der positivo, o presidente vai despachar daqui e vamos seguir a vida", tranquilizou. 

 

A suspeita de infecção do presidente surgiu depois da viagem aos Estados Unidos. O secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, que estava na comitiva, testou positivo para o vírus. O resultado dos exames do presidente deve ficar pronto esta noite. Além dele, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fizeram o teste no Palácio da Alvorada. 

 

O presidente aproveitou a live para adiantar o assunto do pronunciamento que fez em rede nacional nesta noite de quinta-feira (12/3). Segundo ele, a fala será para pedir que as pessoas adiem o movimento previsto para ocorrer neste domingo (15/3) a favor do presidente e contra o Legislativo e o Judiciário. "O que eu vejo é que  o que devemos é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão", ressaltou. Antes, porém, o presidente comparou a manifestação com um ônibus lotado. "São Paulo, esse horário, o metrô está cheio. No Rio de Janeiro, os ônibus estão cheios. É mais um agrupamento de pessoas", disse. Bolsonaro também ressaltou que não se opõe ao movimento, mas que também não o está convocando. "É um movimento espontâneo. É um direito do povo, contra ou favor", lembrou.  

 

O presidente foi acusado de convocar as pessoas para a manifestação por meio de um vídeo compartilhado pelo WhatsApp e divulgado pela jornalista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S.Paulo. Ele negou. 

 

Novo ministro 

Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para lembrar que, no fim do ano, poderá indicar um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que o escolhido será alguém alinhado com a sua política. "Se eu tiver vivo até lá e presidente, eu posso indicar um ministro no fim do ano. Indicação será minha, me deram essa legitimidade. Ele vai ter que confiar em mim. É independência a partir do momento da posse”, ressaltou. A vaga que surgirá é a hoje ocupada pelo decano da Corte, Celso de Mello.  

 

 

 

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