O porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, realizou, na tarde desta terça-feira (17/03), pronunciamento após a primeira reunião do comitê de crise interministerial, criado na segunda-feira (16/03) para combater o coronavírus. O encontro ainda foi presencialmente, mas segundo Rêgo Barros, as reuniões, que ocorrerão diariamente, às 10h, serão feitas preferencialmente por meio de vídeoconferência - com um briefing digital ao final.
Às 18h, a Casa Civil divulgará novas informações sobre o esforço do governo no combate ao vírus. "Essas reuniões serão realizadas preferencialmente de forma não presencial. O foco do governo é dar rápida resposta aos problemas decorrentes da pandemia do coronavírus".
Rêgo Barros citou algumas iniciativas já divulgadas pelo governo, mas não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre o fato de o presidente Jair Bolsonaro desrespeitar orientação médica para isolamento por ter tido contato com o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten. O porta-voz também confirmou que o presidente se submeteu a novos exames pela manhã para testagem do coronavírus e que o resultado poderá sair nesta quarta-feira (18/03). Rêgo Barros também foi questionado se o governo entende a gravidade da pandemia de coronavírus. Ele afirmou que a criação do gabinete de crise revela a preocupação de Bolsonaro com o evento.
Entre as medidas dos ministérios, o porta-voz citou a pasta de Saúde, que trabalha na aquisição de mais kits de laboratório e equipamento para melhorar a produtividade de exames, além do aumento de recursos financeiros, da vacinação em massa de presos e da contratação de 5 mil médicos cubanos.
O Ministério da Educação realiza o acompanhamento de crianças que dependem da merenda escolar. A Anac realiza o acompanhamento da situação aérea e dos direitos do consumidor.
O Ministério da Agricultura, apontou, faz o acompanhamento preventivo do reabastecimento para identificar possíveis faltas de produtos em algum local e evitar que o acesso seja dificultado à população.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por sua vez, lançará uma portaria sobre internação compulsória. Segundo o porta-voz do Planalto, o eventual fechamento de fronteira não foi abordado na reunião.
Fazem parte do comitê de crise: Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República; Paulo Guedes, ministro de Estado da Economia; Tarcísio Freitas, ministro de Estado da Infraestrutura; Rogério Marinho, ministro de Estado do Desenvolvimento Regional; Jorge Antonio de Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central; Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, secretário geral do Ministério da Defesa; Pedro Duarte Guimarães, presidente da Caixa; Rubem de Freitas Novaes, presidente do Banco do Brasil, e Gustavo Montezano, presidente do BNDES, entre outros.
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