Correio Braziliense
postado em 20/03/2020 15:26
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou nesta sexta-feira (20) que a crítica à China feita pelo filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, tenha estremecido a relação diplomática com o país. O deputado indicou que a culpa pela pandemia do novo coronavírus é do Partido Chinês Comunista. Ao ser questionado sobre o pedido de ajuda por parte do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha ao governo chinês, Bolsonaro respondeu que está em contato com a China para a aquisição de materiais excedentes para combate ao coronavírus no Brasil.“Qual o problema?Tem liberdade. Ontem conversei com o presidente da Vale. Ele está comprando muito material na China para doar para nós. Pediu para a gente que a Receita facilitasse o desembaraço. Está tudo resolvido. Nós mesmos estamos fazendo contato com a China porque eles estão agora com material excedente lá, não tem problema nenhum com a China. Não quero criar um clima com o agronegócio. Não tem nada. Sem problema nenhum”, apontou.
Bolsonaro disse que avalia uma ligação para o presidente chinês, Xi Jinping. Ainda assim, o chefe do Executivo disse que não vê motivo para crise. “Primeiro, qual é a causa? Não há nenhum problema com a China. Zero problema com a China. Se tiver que ligar para o presidente chinês, eu ligo sem problema nenhum. Qual é a acusação?Qual é o motivo desse problema? Que o vírus teria nascido na China. É esse o motivo da crise? Vocês tem escrito há mais de dois meses que o vírus nasceu na China”.
Bolsonaro foi perguntado diversas vezes se acreditava ser culpa da China a crise do novo coronavírus. Ele disse que é comum a alegação de que a transmissão do vírus começo na China e que a mídia noticiou o fato por várias vezes, mas que não emitiria opinião sobre o assunto. Segundo Bolsonaro, não partiu dele a acusação.
Ao final, questionado novamente se pretende entrar em contato com o líder da China, Bolsonaro deu a entender que caso o fizesse, seria para conversar sobre medidas tomadas por Jinping para o controle da doença no país e para a aquisição de materiais excedentes.
“Se houver necessidade. Tem uma necessidade muito maior, a questão do vírus que a curva está em descendência, os hospitais estão sendo desativados. O que for utilizado para chegar nesse ponto, se houver necessidade eu ligarei ligarei sim sem problema nenhum. Sem problema nenhum não. Faz parte do meu ofício tomar uma atitude como essa”, concluiu.
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