Politica

'Pânico é uma doença mais grave que o próprio vírus', diz Bolsonaro

Segundo o presidente, não é possível evitar os efeitos do coronavírus. Por enquanto, ainda não tem tratamento. mas não podemos levar o pânico para a sociedade

Correio Braziliense
postado em 23/03/2020 12:16
Segundo o presidente, não é possível evitar os efeitos do coronavírus. Por enquanto, ainda não tem tratamento. mas não podemos levar o pânico para a sociedadeO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer na manhã desta segunda-feira (23/3) que a sociedade não deve entrar em pânico por conta da crise do Covid-19. Ele avaliou ainda que o ‘pânico é uma doença também. Mais grave que a própria causa dos vírus’. O chefe do Executivo disse ainda que o governo busca alongar a curva de contaminação, uma vez que não há como evitar o vírus. A fala foi dita na saída do Palácio da Alvorada,

“Nós não temos como evitar os efeitos do coronavírus. Por enquanto, ainda não tem tratamento. Nós não podemos levar o pânico para a sociedade. Porque o pânico é uma doença também. Mais grave que a própria causa do vírus. É esse sentimento que nós temos que levar à população. Empregos estão sendo exterminados. Em especial, aqueles que vivem da informalidade, essas pessoas não tem como sobreviver mais de três, quatro dias sem o seu sustento da informalidade. E a pessoa com pânico, ela entra em depressão. Ela fica mais suscetível ao contrair o vírus, ter um fim trágico da sua vida. Então, como não temos como evitar o vírus, estamos apenas tentando alongar  a curva da contaminação, nós estamos fazendo o possível. Não dá pra ir além do que estamos fazendo”, destacou.

Bolsonaro também foi questionado sobre a pesquisa Datafolha que aponta que governadores e o Ministério da Saúde têm avaliação bem melhor que a dele em relação à condução da crise do coronavírus.

"Você está preocupada com popularidade minha e do Mandetta? Se você acredita no Datafolha… O presidente da República e seus ministros estão trabalhando há semanas para minimizar os efeitos do coronavírus. As vidas das pessoas estão em primeiro lugar. Agora, um detalhe: a dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o efeito colateral seja mais danoso do que o próprio vírus. Esse é o cerne da questão", disse criticando algumas medidas de restrição adotadas por governadores.

Bolsonaro se mostrou irritado com o questionamento e caracterizou como ‘impatriótica’ a pergunta. “A imprensa é importantíssima para divulgar a verdade, mas não é com uma pergunta como essa, feita por essa senhora aqui do meu lado. É uma pergunta impatriótica, que vai na contramão do interesse do Brasil. Uma pergunta que leva ao descrédito a imprensa brasileira, uma pergunta, me desculpe, infame até”. “Vão dizer que eu tô agredindo a imprensa. Se tô agredindo, saiam da frente do Alvorada”, disparou.

“Todos os ministérios têm trabalhado incessantemente, aí vem uma pergunta que  a popularidade do Mandetta está melhor do que  a minha. Vá às favas. Será que não tem mais inteligência na imprensa brasileira para fazer uma pergunta à altura do Brasil?”, emendou o presidente da República.  

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