Politica

'Governo que faz tudo é ditadura', diz Bolsonaro sobre ação contra a Covid

Presidente defendeu que famílias tomem precaução para proteger as pessoas mais vulneráveis ao novo coronavírus

Sem máscara de proteção, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a quarentena como forma de combate a pandemia do coronavírus, nesta quinta-feira (26/3). Em live, transmitida pelo Facebook, ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que estava de máscara, Bolsonaro disse que as pessoas precisam trabalhar porque, sem isso, "a maioria do povo brasileiro não consegue viver mais de uma semana". 

 

Bolsonaro disse ainda que a proteção das pessoas do grupo de risco contra a Covid-19 deve começar pela família. "A preocupação tem que existir? Tem. E a primeira pessoa a se preocupar é você, que tem o pai, o avô, o bisavô em casa. Não é esperar que o governo faça alguma coisa. O governo ta fazendo alguma coisa, mas não pode fazer tudo que alguns acham que o Estado deve fazer. Governo que o Estado faz tudo só as ditaduras. Venezuela, Cuba, Coreia do Norte", afirmou.

O presidente ainda questionou se o país caribenho teria tido alguma morte e não teve resposta. Por enquanto, Cuba tem 67 casos registrados e duas mortes. 

 

O presidente voltou a minimizar a infecção por coronavírus e afirmou que só não a chamaria de "gripezinha" porque, se não, acabria criticado. "Esse vírus é igual a uma chuva. Fechou o tempo, vai se molhar. O vírus vem e vai", disse.


Governadores, prefeitos e cura

Ele ainda mais uma vez que não estaria criticando a atitude de estados e municipios de estabelecerem quarentena. "Eu não estou criticando governadores, estou criticando alguns poucos governadores e prefeitos que erraram na dose. O povo está desperado, quer trabalhar", disse. "Tem prefeito fazendo barbaridades. Parece que quer mostrar serviço.

 

 

Como combate ao vírus, Bolsonaro voltou a falar que acredita que a hidroxicloroquina será comprovadamente eficaz como tratamento da doença. Por enquanto, ainda não há pesquisas que atestem isso.  

 

O chefe do Executivo comentou que na reunião do G20, grupo dos países mais ricos do mundo, que ocorreu na manhã desta quinta-feira, ele levou a medicação para apresentar para os líderes de outros países. "Esse remédio começou a  ser usado no Brasil no ano que eu nasci, 1955. Medicado corretamente, não tem efeito colateral. Ele custava R$ 60, agora no mercado negro está R$ 1.000", disse. 

 

O presidente também comentou a primeira morte registrada em Goiás, também nesta quinta-feira. De acordo com ele, "o coronavírus era a enfermidade menos grave que ela adquiriu", já que a paciente tinha outras três comorbidades.