Correio Braziliense
postado em 30/03/2020 21:04
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (30/3), que há interesse por parte de alguns governadores em inflar o número de mortos pelo Covid-19. A fala foi dita durante entrevista no programa Alerta Nacional, do jornalista Sikera Júnior.
"Parece que há interesse por parte de alguns governadores em inflar o número dos óbitos vitimados pelo vírus e daí daria mais respaldo para eles, talvez para buscar mais recursos federais, para justificar as medidas que eles tomaram, para dizer 'olha se não tivesse tomado essas medidas aqui nos estados a crise seria mais grave, mais gente teria morrido', sabemos que um óbito não pode ser lavrado dessa maneira”, apontou.
Bolsonaro voltou a defender ainda o "afrouxamento nos isolamentos" e nas medidas de restrição tomadas pelos governadores.
"A maioria da população não tem como ficar em casa mais, então, tem que ser afrouxada alguma coisa paulatinamente para que o desemprego não aumente mais ainda no Brasil e repito: os danos causados pelo desemprego vão ser muito piores do que o próprio dano causado pelo vírus”, disse.
Saidão de presos
Questionado pelo jornalista a respeito da liberação de presos para diminuir as aglomerações nas cadeias, Bolsonaro respondeu que a decisão não foi do governo federal e nem do Ministério da Justiça. “Veio do CNJ. Dependendo de mim, não soltaria ninguém porque eles estão muito mais protegidos dentro da cadeia, porque nós proibimos visitas íntimas, proibimos as visitas nos presídios de modo que eles estão bem protegidos lá dentro. Tem comida, não são informais, tem tudo para ele lá dentro. Eu não permitiria, porque quando sai como eles, a grande maioria não tem emprego, não tem como eles entrarem na informalidade, porque não tem o que fazer. Eles são aqueles que vão cometer delitos no meu entender. É uma decisão errada, equivocada por parte do CNJ”, disse.
Saiba Mais
“O governador do Rio proibiu transporte intermunicipal. São pessoas que moram na Baixada Fluminense, não podem ir pro centro da cidade, e 40% dos enfermeiros dos hospitais e trabalham na capital. Essas medidas que tem que ser evitadas de qualquer maneira para que o colapso não aumente. O Guedes tem sido um aliado excepcional nessa questão. Mostra-se um economista que tem coração, espírito humanitário enorme, dado medidas que tem tomado”. Bolsonaro ainda concluiu dizendo que a medida de Witzel é ‘um exemplo desse tipo de erro que gera pânico e histeria’.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.