Correio Braziliense
postado em 31/03/2020 18:49
O ministro da Economia, Paulo Guedes, rebateu nessa terça-feira (31) as críticas de que o auxílio emergencial de R$ 600 vai demorar a chegar às mãos dos trabalhadores brasileiros. Ele afirmou que o governo está reagindo à "alta velocidade" diante da crise do coronavírus, mas precisa seguir um rito burocrático nas medidas de enfrentamento à pandemia. Por isso, pediu colaboração ao Congresso.
"Está havendo uma falta de percepção quanto ao esforço que é criar um programa novo. O programa não existia, depois que apareceu está cheio de protagonista, muita gente reclamando do atraso", começou Paulo Guedes, quando foi questionado sobre o assunto.
O ministro afirmou que o governo sabe que "qualquer atraso é calamitoso" e, por isso, quer implementar o benefício dos informais o mais rápido possível. Mas frisou que a crise do coronavírus foi um "choque inesperado que atingiu a economia brasileira". E disse que, apesar da urgência que o momento requer, o governo precisa seguir uma "lógica de pagamento, porque o dinheiro não cai do céu".
"O governo reage à alta velocidade a tudo isso. Cada um corre por seu lado. [...] As medidas econômicas estão avançando, mas depois elas vão para a Casa Civil, para o presidente, a CGU, a AGU. É um rito burocrático que se segue, porque nós estamos lidando com recurso público. Se fosse dinheiro nosso, botava a mão no bolso e soltava em 30 minutos. Mas é recurso público. Isso mais tarde é pedalada fiscal, impeachment, não foi autorizado dessa forma", reclamou Paulo Guedes, em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto.
Saiba Mais
O ministro se dirigiu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porque o deputado foi um dos que criticou nesta terça-feira o prazo de pagamento do "coronavoucher". Maia falou sobre o assunto logo depois que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que o auxílio de R$ 600 que promete ajudar os trabalhadores informais durante a crise do coronavírus deve começar a ser pago no próximo dia 16 de abril. Maia disse que a palavra 'emergencial' não parecia adequada, se em "uma crise do tamanho que a gente está vivendo", os trabalhadores terão que aguardar até 16 de abril para receber esses R$ 600.
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