Politica

Mandetta: 'No momento, vamos fazer sim o máximo de distanciamento social'

Em coletiva de imprensa, Mandetta reconheceu que o 'estanque absoluto não é bom para ninguém', mas ressaltou que neste momento, é preciso manter o máximo do isolamento social.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a reforçar nesta terça-feira (31/3) as medidas de isolamento social sugeridas pela própria pasta e adotadas pelos estados do Brasil. Em coletiva de imprensa, Mandetta reconheceu que o “estanque absoluto não é bom para ninguém”, mas ressaltou que neste momento, é preciso manter o máximo do isolamento social. 

“No momento, vamos fazer sim o máximo de distanciamento social, o máximo de permanência dentro das nossas residências para que a gente possa, quando estivermos mais preparados, ir liberando e monitorando pela epidemiologia. São trabalhos de muita precisão para a gente poder movimentar”, disse. 

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro foi na contramão das medidas sugeridas pelo Ministério da Saúde e adotadas pelos governadores dos estados. O chefe do Executivo chegou a dizer que iria sugerir o isolamento vertical.

O ministro Mandetta disse que ainda é cedo para avaliar o alcance das medidas de isolamento social, mas reforçou a importância do mesmo. “Se a gente volta para uma atividade agora, pode acontecer de daqui a duas, três semanas, a gente ter uma ascendência nos casos e não termos equipamentos. Logo, a gente pode ter que ir para um lockdown total para proteger os nossos trabalhadores”, afirmou. 

Para analisar o grau de benefício das medidas adotadas, segundo o ministro, é preciso esperar duas semanas para ver como isso vai se replicar nos próximos 14 dias, tempo de incubação da doença. 

Casos

Saiba Mais

O Brasil fechou março, mês em que o país registrou o primeiro óbito pelo novo coronavírus, com 5.717 casos confirmados e 201 óbitos. A letalidade do vírus no país continua sendo de 3,5%. 

Em nova apresentação da investigação das vítimas do Covid-19 do país, o maior grupo de risco continua sendo pessoas acima de 60 anos. Sendo que a maioria delas também possuía alguma comorbidade. Das 181 das 201 mortes foram investigadas e 89% das vítimas tinha 60 anos ou mais. 84% apresenta pelo menos um fator de risco. Entre os principais, estão a cardiopatia, diabetes e pneumopatia. Na contramão, 28 casos de pacientes que evoluíram para óbito não tinham nenhum tipo de comorbidade. Destes, cinco têm menos de 60 anos.