Politica

Brasília-DF

Correio Braziliense
postado em 01/04/2020 04:33


A tensão vai prosseguir até o fim
Assessores de Jair Bolsonaro são praticamente unânimes em afirmar que o capitão está convencido de suas posições sobre o combate ao coronavírus e não abrirá mão delas até o final da crise, ainda que danos eleitorais ocorram no futuro. A aposta do presidente continua sendo a de que, quando a crise passar, os eleitores voltarão a apoiá-lo. Nesse sentido, o máximo que a equipe pode fazer por ele, até aqui, é colocar todos os dados técnicos como obra e graça do Planalto.


O problema é que muitos ministros começam a ficar constrangidos com a postura do chefe. Porém, ninguém vai sair enquanto perdurar a crise da saúde e, no caso de Paulo Guedes, vem ainda a crise econômica, depois da pandemia, acompanhada da terceira onda, a política. O futuro do Brasil nunca foi tão incerto.

Atrasados
A demora de Bolsonaro em sancionar a ajuda de R$ 600 aos trabalhadores informais começou a ser explorada pela oposição, e ficará assim por mais tempo. Afinal, completou um mês da chegada do vírus no Brasil e, até o momento, a parte econômica, tão citada pelo presidente, ainda não resultou em recursos nas mãos dos mais necessitados.

Constrangimento
Os diplomatas brasileiros pelo mundo afora estão tontos, sem saber como explicar a posição do governo e a edição da fala de Tedros Adhanom feita pelo presidente, em rede nacional. Afinal, o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendou a volta ao trabalho, e sim a proteção das pessoas mais necessitadas.

Sentiu o tranco
Os cuidados de Bolsonaro ao dizer, em seu pronunciamento, que está preocupado com a saúde das pessoas, foram vistos como um sinal de que percebeu a perda de popularidade. Porém, o fato de dizer que quer retomar seu projeto de desenvolvimento indica que ainda não se deu conta do tamanho da crise e de que terá que ter um plano B.

Terra, o conselheiro
O ex-ministro Osmar Terra sustenta, há 15 dias, que a curva de casos no Brasil não será a mesma de países como a Itália, e que isso não se deve ao isolamento. É na posição dele que Bolsonaro tem se pautado.

“Bolsonaro chora porque 
viu que errou e errou feio”

Do deputado Fábio Trad (PSD-MS), irmão do senador Nelsinho Trad, que 
não tem comorbidades e teve 10% dos pulmões comprometidos pela Covid-19

Deputado na UTI/ Vice-líder do PSC, o deputado Aluisio Mendes (MA) está internado no Sírio Libanês, em Brasília, por causa da Covid-19. À coluna, ele contou que há seis dias passou mal, foi ao hospital e os testes deram positivos. Ainda não saiu da UTI, mas apresenta melhoras.

As fake news reinam.../ Como se não bastasse a gravidade da pandemia, as pessoas ainda têm que conviver com montagens de fotos que proliferam pelo WhatsApp sem o menor controle. Uma das últimas, repassadas nos grupos bolsonaristas, mostra a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, junto com o vice-governador Antenor Roberto e o prefeito de Natal, Álvaro Dias.
 
 
… e as ironias também/ Nos grupos petistas, alguns posts perguntam “Cadê o Queiroz?”, numa referência ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro (foto), que recebia depósitos dos funcionários do gabinete de Flávio nos tempos de deputado estadual. Os posts vêm acompanhados de frases do tipo: “reza a lenda que a família Bolsonaro recomendou a ele distanciamento social, isolamento e quarentena, a fim de evitar contaminação”.

Termômetro/ O Park Sul, no setor industrial do Guará, onde, em 2018, os moradores comemoraram de forma efusiva a vitória de Bolsonaro, aderiram ao panelaço na hora do pronunciamento do presidente, ontem à noite.

CB.PODER/ O senador Major Olímpio (PSL-SP) é o entrevistado de hoje do programa, logo depois do jornal local, na TV Brasília e nas redes sociais do Correio Braziliense.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags