Politica

"Ciência começa a achar caminho", diz Mandetta sobre estudo da cloroquina

Pesquisadores apontaram resultados positivos no uso do medicamento para tratar pacientes com Covid-19. O ministro da Saúde ponderou que as análises ainda são prematuras

Correio Braziliense
postado em 02/04/2020 20:59
Pesquisadores apontaram resultados positivos no uso do medicamento para tratar pacientes com Covid-19. O ministro da Saúde ponderou que as análises ainda são prematurasO ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou, nesta quinta-feira (2/4), a conclusão do primeiro ensaio científico que avaliou o uso da cloroquina para tratar infectados com o novo coronavírus. “Ele mostra algumas boas aplicações e a ciência começa a achar o caminho”, afirmou. O trabalho, encomendado pela pasta, analisou o efeito do medicamento em 62 pacientes e será publicado pelo New England Journal of Medicine, dos Estados Unidos, mostrando os avanços nos quadros de saúde de pacientes graves e que tiveram indicação para a substância. 

Ainda que positivo, o resultado é preliminar, como ponderou Mandetta. “O paper não passou por revisão, então foi publicado com um asterisco de que não foi bombardeado por outros trabalhos e que pode, eventualmente, não manter essa perfomance”, disse. Junto ao Conselho Federal de Medicina, o ministro afirmou que o material será avaliado com segurança e “sem achismos, nós iremos pela ciência, pelas publicações, gradativamente encontrar as melhores soluções”, completou. 

Saiba Mais

O uso da cloroquina e a hidroxicloroquina vem sendo defendido publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento para a Covid-19 e alternativa para justificar a flexibilização de medidas de contenção social. A substância está sendo usada de maneira controlada para tratar pacientes infectados pelo novo vírus, mas, segundo o Ministério da Saúde, por enquanto,  “como uma alternativa terapêutica”. 

A cloroquina é usada para tratar doenças como malária, lúpus e artrite. O medicamento não pode ser manipulado sem indicação médica e precisa ter a dosagem específica para cada caso. Sem isso, os efeitos colaterais podem prejudicar o organismo e até levar à morte. 

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