Politica

Gilmar Mendes: é preciso saudar todos aqueles que vêm para a racionalidade

Em entrevista ao CB.Poder, o ministro elogiou o último pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro

Correio Braziliense
postado em 09/04/2020 18:55
Gilmar Mendes no CB.PoderO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou, em entrevista ao programa CB.Poder — uma parceria do Correio com a TV Brasília —, nesta quinta-feira (9/4), que é preciso saudar todos aqueles que vêm para a racionalidade. Ele se referia ao presidente Jair Bolsonaro, que, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, adotou uma postura mais amena e cautelosa, ao contrário do que vinha fazendo. 

"Eu acho que devemos saudar todos aqueles que vêm para a racionalidade. Nós temos um compromisso com a medicina por evidência, com a ciência, e devemos chamar os políticos para essa responsabilidade", disse ele. 

Gilmar Mendes pontuou também que o Brasil está passando por um imenso desafio e, no momento, a intuição não deve guiar as ações públicas. "Não devemos agir segundo elementos intuitivos ou segundo recomendações de charlatões ou curandeiros. Nós devemos seguir a medicina, nossos cientistas. Nós temos construído o SUS, que é uma grande conquista e temos instituições de credibilidade de pesquisa, como as universidades e também a instituição Fiocruz", opinou.

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O ministro revelou estar surpreso com o que chamou de "maturidade" do Congresso Nacional frente à crise do novo coronavírus. Ele afirmou que é defensor do sistema de semipresidencialismo, onde o Congresso também teria poder de governo. "Eu fico agradavelmente surpreso pela responsabilidade que a maioria dos mais expressivos líderes no Congresso tem mostrado neste momento. De uns tempos para cá, sou um defensor no Brasil do semipresidencialismo, de uma ideia de parlamentarismo. A maioria do Congresso teria também o poder de ser governo. Hoje, com esses desencontros que vemos, o congresso tem estado muito ponderado e muito responsável", afirmou Mendes. 

Gilmar Mendes ainda defendeu que é preciso "encerrar o ambiente de conflituosidade" para que seja possível lidar com a crise. Segundo ele, o governo não estava preparado para lidar com ela e essa é a causa dos desencontros em discursos de membros do Executivo. 
 

Assista à íntegra da entrevista:

 

*Estagiário sob a supervisão de Fernando Jordão

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