Politica

Equipe econômica deve discutir auxílio para estados e municípios no Senado

O secretário foi questionado sobre esses pontos de divergência, mas disse que preferia não se estender muito no assunto

Correio Braziliense
postado em 14/04/2020 10:20
O secretário foi questionado sobre esses pontos de divergência, mas disse que preferia não se estender muito no assuntoO secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, reforçou nesta terça-feira (14) que a equipe econômica discorda de alguns pontos do projeto de socorro aos estados e municípios que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Ele ainda indicou que, por conta disso, o governo vai acompanhar de perto a discussão do projeto no Senado.

"É importante mandar dinheiro para os estados e municípios. Fomos eleitos com a plataforma Mais Brasil, Menos Brasília. Mas tenho algumas divergências com o que foi aprovado ontem na Câmara e convido todos para o debate", disse Sachsida, em live com o mercado financeiro, promovida pela XP Investimentos nesta terça-feira.

O secretário foi questionado sobre esses pontos de divergência, mas disse que preferia não se estender muito no assunto. "A aprovação foi ontem, vamos conversar", alegou, reforçando que o "Congresso é o espaço para o debate".

Mesmo assim, acabou admitindo um desses pontos de divergência: a recomposição da arrecadação de ICMS dos estados. Segundo o plano aprovado pela Câmara, o governo vai garantir que os estados recebam o mesmo valor arrecadado com o ICMS em 2019. Sachsida disse, porém, que essa pode não ser a melhor forma de distribuição de recursos, já que a arrecadação é proporcional à atividade e à riqueza de cada estado.

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"Quando mantém o mesmo nível de ICMS do ano passado, prevê mais dinheiro para São Paulo e menos para o Piauí. Está certo isso, mandar mais dinheiro para o mais rico e menos para o mais pobre? Será que o certo não era mandar por renda per capita ou de acordo com o sistema de saúde?" questionou Sachsida, dizendo que "não basta transferir dinheiro, tem que transferir de maneira diferente". 

Antes de Sachsida, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já haviam criticado o impacto fiscal da proposta de ajuda emergencial para os estados e municípios da Câmara. Guedes chegou até a chamar o projeto de pauta bomba, o que incomodou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mesmo assim, os deputados aprovaram na noite dessa segunda-feira (13) o projeto, que deve ter um impacto fiscal de R$ 89 bilhões para a União.

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