Politica

Cotados para substituir Mandetta defendem isolamento social

Médicos que estão no radar do presidente aprovam medidas tomadas pelo atual ministro da Saúde e acreditam que manter as pessoas em casa é a melhor estratégia a ser adotada no momento

Correio Braziliense
postado em 16/04/2020 12:42
Médicos que estão no radar do presidente aprovam medidas tomadas pelo atual ministro da Saúde e acreditam que manter as pessoas em casa é a melhor estratégia a ser adotada no momentoPelo menos três, dos nomes mais cotados para sunstituírem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendem o isolamento social como estratégia para conter o avanço do novo coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta quinta-feira (16) com o oncologista Nelson Teich. Além dele, a cardiologista Ludhmila Hajjar, diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia e o cardiologista Marcelo Queiroga, também são sondados para ocupar o ministério.

Em artigo publicado no começo deste mês, Teich defende que as pessoas fiquem em casa, com exceção de quem presta os serviços essneiciais. O pensamento dele se alinha bastante com o do atual ministro. O médico, inclusive, chegou a elogiar as estratégias já adotadas.

"Diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento", escreveu ele no artigo.

Em um trecho do artigo, o oncologista afirma que o isolamento voltado apenas para grupos considerados de risco é frágil. Esse é o modelo sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro. "Outro tipo de isolamento sugerido é o isolamento vertical. Nessa opção apenas um grupo de pessoas é submetido ao isolamento, no caso aquelas com maior risco de morrer pela doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com outras doenças que aumentam o risco de morte pela Covid-19. Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema", disse.

A cardiologista Ludhmila Hajjar defendeo o isolamento como medida mais urgente, até que se tenham estudos para entender melhor o cportamento do coronavírus. Para ela, é possível relaxar as medidas de quarentena se forem realizados estudos sérios apontando a segurança de se fazer isso.

Saiba Mais

O médico Marcelo Queiroga integrou a equipe de transição do governo, e está próximo da família do presidente. Ele também defende o isolamento social para toda a população, independente de grupos de risco. Mas em artigo escrito para o site da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Queiroga demonstra preocupação com pessoas que tenham problemas de coração.
 
“Neste momento de crise de saúde pública, é muito importante informar aos pacientes cardiopatas sobre os riscos que correm ao se contaminarem com o coronavírus, e a necessidade de se cuidarem e se protegerem é ainda maior, seguindo seus tratamentos específicos, conforme prescrição médica. Também queremos reforçar como é fundamental a população em geral seguir o isolamento social, para evitar o contágio, e tomar todas as precauções indicadas”, escreveu.

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