Politica

Lideranças da Câmara repercutem a demissão de Luiz Henrique Mandetta

O presidente da Casa, Rodrigo Maia, elogiou a atuação do ministro e afirmou que falava pela maioria

Correio Braziliense
postado em 16/04/2020 17:11
O presidente da Casa, Rodrigo Maia, elogiou a atuação do ministro e afirmou que falava pela maioriaA demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, repercutiu na Câmara dos Deputados, durante a sessão plenária virtual da tarde desta quinta-feira (16/4). O presidente da Casa, Rodrigo Maia, elogiou a atuação do ministro e afirmou que falava pela maioria. Foi a segunda vez no dia que o parlamentar falou sobre a saída de Mandetta. “Tenho certeza que falo em nome da maioria da Câmara. No momento que o ministro Mandetta anuncia que foi demitido pelo presidente, a nossa homenagem ao ministro, à sua dedicação, seu trabalho, competência, capacidade de compreensão do problema, e de construir soluções, diálogos com toda a sociedade e com o parlamento”, afirmou. 

“Tenho certeza que com a decisão confirmada no Diário Oficial, o ministro Mandetta deixa um legado. Uma estrutura, para que o Brasil possa, em conjunto, o governo federal, os estados e os municípios, principalmente, tenham condição de atender sobre a base do que foi construído pelo ministro Mandetta, as condições para atender da melhor forma possível a sociedade brasileira, mas, principalmente, para os que precisam do sistema SUS. Agradeço ao ministro e tenho certeza que falo em nome da maioria da casa”, completou..

O líder do PSDB, o deputado federal Carlos Sampaio (SP), divulgou uma nota onde considera a saída de Mandetta como “lamentável”. ““É lamentável a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no momento em que o país caminha para a fase mais aguda da pandemia. Mandetta se tornou alvo de críticas e intrigas dentro do governo nos últimos dias, justamente por estar fazendo um bom trabalho, alinhado à ciência, aos organismos e às autoridades internacionais”, afirmou.

“O que se espera, neste momento, é que seu substituto mantenha a linha de atuação que os países, na sua grande maioria, estão adotando. Não é possível que o mundo inteiro esteja errado. São vidas que estão em jogo e o esforço para preservá-las deve estar acima de disputas políticas e ideológicas”, ressaltou na mensagem.

Saiba Mais

Também por nota, o líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), ressaltou a postura negacionista do presidente da República em relação ao momento que o país e o mundo estão vivendo. “Desde o começo desta crise, Bolsonaro escolheu o caminho da negação e guiou suas decisões pelo achismo, politizando o que deveriam ser ações técnicas com critérios científicos. A demissão de Mandetta não passa de um acerto de contas por parte de um chefe que, no auge de sua mediocridade, não tolera um auxiliar se destacando mais do que ele. Um comportamento irresponsável de quem está mais preocupado com sua reeleição do que em salvar as vidas dos brasileiros”, disparou.

Em conversa com a reportagem do Correio por telefone, o líder do PL, Wellington Roberto, disse que a Câmara está fazendo sua parte no combate à crise e que a demissão do ministro é prerrogativa do presidente da República. Destacou, no entanto, que o isolamento social é, no momento, a única alternativa de combate ao coronavírus. “A questão da reestruturação do ministério, é esperar que ele ache um bom nome que possa dar continuidade ao trabalho que o ex-ministro Mandetta fazia, que é importante para superarmos o inimigo invisível, que é o vírus, destacou.


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