Correio Braziliense
postado em 16/04/2020 19:24
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas restritivas e apontou como “exagero” as medidas tomadas por governadores e prefeitos no combate ao coronavírus.
“Em nenhum momento fui consultado sobre medidas adotadas por grande parte de governadores e prefeitos. Tenho certeza que eles sabiam o que estavam fazendo. O preço vai ser alto. Tinha que fazer alguma coisa? Tinham. Mas se porventura exageraram, não bote essa conta, não no governo federal, não bote mais essa conta nas costas do nosso sofrido povo brasileiro. Não queremos aqui criar qualquer polêmica com outro poder. Todos eles são responsáveis pelos seus atos, assim como eu sou, chefe do Executivo. Não furtarei a minha responsabilidade. Decisões sou obrigado a tomar porque sempre tenho dito dado a minha formação militar: Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Jamais pecarei por omissão. Esse é o ensinamento que tive na minha carreira militar. Essa será minha linha de atuação”, disse o presidente durante discurso em rede nacional ao anunciar a demissão do ex ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e a posse do oncologista, Nelson Teich.
Bolsonaro atacou em, em especial o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao dizer que jamais mandaria prender quem estivesse nas ruas em desrespeito a regras de quarentena.
“Os excessos que alguns cometeram que se responsabilizam por eles. Jamais eu mandaria as minhas Forças Armadas prenderem quem quer que estivesse nas ruas. Jamais eu como chefe do Executivo vou retirar o direito constitucional de ir e vir, seja qual for o cidadão. Devemos tomar medida sim para evitar a proliferação ou a expansão do vírus, mas pelo convencimento e com medidas que não atinjam a liberdade e as garantias individuais de qualquer cidadão. Jamais cercearemos qualquer direito fundamental de um cidadão. Quem tem poder de decretar estado de defesa ou de sítio depois de uma decisão do parlamento é o presidente da República e não prefeito ou governador. O excesso não levará a solução do problema. Muito pelo contrário, se agravará. E como venho dizendo desde há muito. Tenho certeza, que o remédio para curar o paciente não pode ter efeito colateral mais danoso para curar do que a própria doença”.
Saiba Mais
“Montamos um governo diferente dos montados anteriormente e tem dado resultados. Estávamos basicamente voando no final do último trimestre. Tudo estava indo muito bem. O Brasil tinha tudo para dar certo num curto espaço de tempo. Esse dar acerto agora acontecerá mas num tempo mais apropriado. Onde eu apelo para os demais outros poderes: A responsabilidade não é só minha. É de todos nós”, concluiu.
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