Correio Braziliense
postado em 22/04/2020 19:59
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, deu uma nova previsão para a chegada das máscaras vindas da China. Durante coletiva no Palácio do Planalto na tarde desta quarta-feira (22), ele afirmou que as primeiras aeronaves que farão o transporte já estão na China aguardando a liberação do material por parte das autoridades locais. A nova expectativa é de que os insumos cheguem ao Brasil na próxima segunda-feira (27).
A primeira data aventada pela pasta foi 10 de abril e depois, 20 de abril. Ao todo, 960 toneladas de máscaras foram compradas pelo Ministério da Saúde no auxílio ao combate do coronavírus. Os aviões deverão parar em Doha, no Catar, para reabastecimento e de lá, seguirão até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde serão direcionadas para a central de distribuição do Ministério da Saúde e daí, distribuídas para o país em aeronaves comerciais e voos domésticos.
Segundo Tarcísio, houve um reforço nas inspeções das EPI’s. “Eles reforçaram nesses últimos dias as inspeções desses produtos. Então a gente tem lá a inspeção das autoridades chinesas e da nossa empresa de certificação para fazer o embarque. O embarque deve acabar no sábado, então é provável que as aeronaves decolem da China no domingo (26). Essa primeira carga de Epis deve chegar aqui na segunda-feira (27). Depois disso, a coisa deve fluir com mais naturalidade. Já estamos com todos os detalhes de contratação dessa operação de guerra prontos”, apontou.
O ministro destaca que serão feitos cerca de 40 voos para trazer as 960 toneladas de insumos hospitalares. “Entraremos apoiando determinados entes subnacionais no transporte, como é o caso da prefeitura do Rio. Vamos deixar o processo mais ou menos pronto para que a prefeitura possa contratar e transportar o material que já adquiriu da China. Devemos trazer 17 milhões de máscaras nesta primeira leva”, destacou.
Pró- Brasil
O ministro da Infraestrutura ainda comentou o lançamento do programa Pró-Brasil, um plano de recuperação econômica do governo pós-pandemia de coronavírus. A implementação deverá ocorrer em outubro. A medida foi decidida em reunião com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (22) que contou com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão, ministros do governo e presidentes de bancos que discutiram ainda sobre investimentos nas áreas de habitação e saneamento. Também estiveram presentes no encontro os presidentes da Caixa, Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Freitas ressaltou que as medidas já tomadas pelo governo no combate do Covid-19 só foram possíveis devido à redução de gastos adotada.
“É interessante observar que nos preparamos ao longo do ano passado para dar um salto e de certa forma parte do esforço financeiro de combate ao coronavírus só foi possível porque um dever de casa foi feito. Observem que houve uma desalavancagem de bancos públicos, houve o esforço de controle de gastos para permitir redução de juros e essas economias ainda mais com a aprovação da reforma da Previdência estão sendo fundamentais para que tivéssemos condições de fazer esse enfrentamento. Temos a compreensão que será necessário já pensar no dia seguinte, no que vamos fazer para a retomada e por isso que surgiu o Pró -Brasil, que vai envolver todos os ministérios”.
Ele emendou: “Na verdade, vamos dar continuidade a coisas que já estavam andando. Como por exemplo o vigoroso programa de concessões e é por isso que tem a vertente do programa “ordem” que vai tratar da regulação, do suporte legislativo, para que a gente possa atuar no ambiente de negócios para trazer o investimento privado para cá. Já a vertente “progresso”, se divide em duas. Nós vamos ter aquilo que será feito com capital privado, serão investimentos em concessões. Só no Ministério da Infraestrutura serão contratadas R$ 250 bilhões de concessões e aquilo que será feito por meio de obras públicas e estimamos o valor de R$30 bilhões dentro de um horizonte plurianual”.
Segundo o ministro os valores representam uma complementação do que já existe no orçamento. "Significa que não faremos nenhuma pirueta fiscal, nenhuma cambalhota. Isso vai ser feito com, muita responsabilidade dentro da linha de controle de gastos, dentro da linha de solvência de cada gestão", reforçou.
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