Politica

Bolsonaro tenta diminuir tensão e manda mensagem de conciliação a Toffoli

Em um dos trechos, a mensagem diz que manifestantes devem apontar qual general ocuparia o comando do país

Correio Braziliense
postado em 23/04/2020 09:49
Bolsonaro e toffoiO presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), por um aplicativo de mensagens, um texto afirmando que manifestantes pró-intervenção militar devem decidir "qual general ocupará a cadeira" ocupada pelo chefe do Executivo.

A mensagem diz ainda que todas as manifestações são garantidas pela Constituição, mas pede que não ocorram ataques ao Planalto, ao Supremo ou Congresso, como ocorreu no último domingo (19/4), em diversas cidades. A informação foi revelada pela jornalista Vera Magalhães, do Estado de S. Paulo.

Bolsonaro chegou a participar de um ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. A decisão gerou extremo desconforto entre os ministros do Supremo e integrantes do Legislativo. As manifestações que pediram "um novo AI-5", ato que endureceu a violação de direitos fundamentais no regime militar,  

Saiba Mais

As diligências são conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes e tem deputados federais da base do governo entre os alvos. Moraes tem sido implacável contra ataques que miram o Supremo. O ministro tem boa relação pessoal com Toffoli e não se recusa a atender pedidos do presidente do Tribunal.

Outra ação, apresentada no STF pela Rede Sustentabilidade, mira o presidente Jair Bolsonaro, alegando que ele cometeu crime ao apoiar os atos.

Leia a íntegra do texto enviado a Toffoli por Bolsonaro:

Aqueles que pedem Intervenção Militar (Art. 142) antes, devem decidir qual General ocupará a cadeira do Capitão Jair Bolsonaro.

Aqueles que pedem AI-5 antes, devem mostrar onde está na Constituição tal dispositivo.

Toda manifestação é justa e garantida em nossa CF, portanto vão para as ruas, mas tenham uma pauta real, objetiva, com foco na missão.

Não ataquem Presidência, Supremo ou Congresso, mas aquilo que você julga que deve ser mudado.

Exijam ações, cobrem votações, critiquem sentenças, vocês atingirão seus objetivos.

O próprio Presidente tem dito que deve lealdade ao povo, assim como as Forças Armadas.

Unam esforços, o povo quer um Brasil diferente do que temos ainda, mas para isso deve escolher suas pautas, e também suas armas democráticas.

Dia 19, dia do Exército, o Presidente bem disse: "Agora é o povo no poder. Mais do que o direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês."

E concluiu: "Contem com o seu Presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter a nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado para nós, que é a nossa liberdade.

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