Politica

Moro, Mandetta e Vélez: relembre as saídas de oito ministros de Bolsonaro

Maioria das demissões feitas pelo presidente foi em virtude de divergências de ideias

Correio Braziliense
postado em 24/04/2020 16:04
Moro deixou o posto depois de alegar interferência de Bolsonaro na Polícia FederalO juiz, desde janeiro do ano passado. Só em 2020 já foram quatro trocas. Neste mês, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta teve divergências com o presidente da república por causa do isolamento social do coronavírus e foi demitido - o também médico Nelson Teich assumiu o posto. 
 
Outro ponto de discordância entre Mandetta e Bolsonaro foi na questão do uso da cloroquina para tratamento nos pacientes. Mandetta acreditava que os testes científicos eram insuficientes na eficácia no tratamento da doença.

As primeiras trocas feitas por Jair Bolsonaro foram importantes e já refletiam o clima quente que agitava os bastidores do governo. Com menos de dois meses no cargo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebbiano foi exonerado por Bolsonaro em fevereiro de 2019 por causa de divergências "em pontos de vistas sobre questões relevantes", como afirmou o próprio Bolsonaro em nota. Floriano Peixoto Neto assumiu o lugar. Bebbiano morreu em março deste ano, de infarto, aos 56 anos. 
  
Deputado Osmar Terra se desligou do Ministério da Cidadania

Quem também foi demitido foi o ministro da Educação, Ricardo Vélez. Sua saída foi sob a alegação de "falta de expertise e gestão", que levaram a problemas internos dentro da pasta. O professor universitário Abraham Bragança Wientraub o substituiu.

Dois meses depois, duas novas trocas. Houve mudança também na secretaria do governo, outro posto de confiança do presidente Jair Bolsonaro: o general Luiz Eduardo Ramos Baptista substituiu Carlos Alberto dos Santos Cruz. Então secretário-geral da presidência, o general Floriano Peixoto Vieira Neto deixou o cargo para se tornar presidente do Correios em junho. O posto foi ocupado pelo major Jorge Antônio de Oliveira Francisco. 

Saiba Mais

Gustavo Canuto iniciou as trocas em 2020 ao ser demitido no início de fevereiro do Ministério do Desenvolvimento Regional. Em seguida, assumiu a presidência da Dataprev, empresa de tecnologia e informações da Previdência Social. Rogério Marinho foi designado para o cargo.

Outro que deixou a pasta foi o então deputado Osmar Terra. Em fevereiro, ele havia se desligado do Ministério da Cidadania em virtude de reforma encabeçada por Jair Bolsonaro. Então ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni herdou o seu lugar. Com a Casa-Civil vaga, Bolsonaro designou o general mineiro Walter Souza Braga Netto para a função.  

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