Correio Braziliense
postado em 24/04/2020 16:39
Em nota pública divulgada nesta sexta-feira, 24, o partido Republicanos propôs uma "trégua" aos chefes de Poderes - inclusive governadores e prefeitos -, lÃderes de partidos e sociedade para "acalmar os ânimos, pensar melhor e trabalhar contra a pandemia".
A nota é focada nos efeitos da "conflagração" polÃtica no combate à covid-19 e não cita a demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. O comunicado é assinado pelo presidente nacional do partido e vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP), e os lÃderes das bancadas na Casa, Jhonatan de Jesus (RR), e no Senado, Mecias de Jesus (RR).
O Republicanos virou refúgio de dois filhos do presidente Jair Bolsonaro após o partido lançado pelos bolsonaristas, o Aliança pelo Brasil, não ter sido fundado, por falta de assinaturas, a tempo hábil de disputar as eleições municipais de 2020. O senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro se filiaram à legenda.
"Propomos uma trégua a todos os chefes de poder, sejam nacionais, estaduais e municipais, a todos os lÃderes partidários e à sociedade como um todo para que possamos acalmar os ânimos, pensar melhor e trabalhar contra a pandemia", diz o texto do Republicanos.
O partido afirma que o clima de disputa polÃtica no PaÃs não contribui "em nada" contra a pandemia do novo coronavÃrus. "Ao contrário: essa conflagração só nos atrapalha na busca por soluções para a preservação da vida dos brasileiros", afirma. A legenda pede na nota que as disputas polÃticas sejam deixadas para o "momento adequado". "Se não fizermos isso, passaremos as próximas semanas contabilizando corpos de brasileiros que podem morrer devido à mesquinhez da classe polÃtica", diz o comunicado.
De acordo com a sigla, "em vez da construção de uma grande mobilização nacional, com todos os poderes e todas as forças polÃticas atuando de forma conjunta, o PaÃs preferiu seguir o caminho do combate polÃtico". A agremiação declara que o clima de "briga generalizada de torcidas" nas redes sociais é "retroalimentado pelas forças polÃticas, que, por sua vez, se movimentam justamente pelo que observam das redes".
"Não podemos menosprezar os efeitos da doença... Também não podemos desprezar o agravamento da situação econômica das famÃlias e do PaÃs devido à adoção de medidas de restrição social em boa parte dos Estados e das cidades brasileiras", reforça o texto, que é encerrado com a frase "Que Deus abençoe o Brasil".
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