Correio Braziliense
postado em 25/04/2020 06:00

Conhecido na PF, Ramagem foi chefe da segurança pessoal de Bolsonaro. Ao longo dos últimos meses, ganhou cada vez mais confiança do presidente e de seus filhos que ocupam cargos eletivos. Sergio Moro, quando estava à frente do Ministério da Justiça, sempre foi contra a indicação do atual chefe da Abin para o comando da PF. O ex-diretor Maurício Valeixo, exonerado ontem, era próximo de Moro e tinha a confiança pessoal do ex-juiz da Operação Lava-Jato.
A demissão de Valeixo e a saída de Moro colocam a PF e o Ministério da Justiça sob tensão. Na corporação devem ocorrer trocas simultâneas de superintendentes nos estados, além de alterações em cargos estratégicos. No Ministério da Justiça, planos de combate à criminalidade ficam pela metade, em meio ao endurecimento das ações contra o crime organizado. Além disso, existe o crescimento de casos de coronavírus dentro de unidades prisionais, que exige articulação e esforços do governo.
Além de Ramagem, o atual Secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, é um dos cotados para assumir a PF ou até mesmo o Ministério da Justiça, com a saída de Moro. O ministro Jorge Oliveira tem a confiança do presidente. Coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, ele tem agradado o presidente durante a condução de suas atividades. O ex-deputado Alberto Fraga, que chegou a ser cotado para o governo no começo do ano, também está entre os listados pelo presidente.
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