Correio Braziliense
postado em 27/04/2020 21:22
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu, nesta segunda-feira (27/4), a retomada da busca pelo equilíbrio fiscal. Em videoconferência com o consultor político Murillo de Aragão, da Arko Advice, ele afirmou que privatizações e reformas tributárias e administrativa devem voltar ao radar depois da crise de covid-19, sob o risco de que o governo acabe pior do que a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
A visão de que as ideias do ministro da Economia, Paulo Guedes, foram descartadas pelo Executivo "não é verdade", assegurou Mourão. Segundo ele, "essa bússola, esse norte não está perdido" e deve ser retomado. Assim que passar a crise, volta à tona a busca pelo equilíbrio fiscal, garantiu. “Precisamos nos manter dentro do limite das nossas capacidades. Se não, terminaremos pior que o governo Dilma”, disse.
Mourão reforçou a necessidade retome investimentos por obras públicas, por medidas como a proposta no programa Pró-Brasil, da Casa Civil. A ideia é usar recursos do Tesouro Nacional para retomar empreendimentos públicos e, assim, segurar o aumento do desemprego. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas apontou 70 obras em fase adiantada, que podem entrar no programa.
A União entraria com R$ 30 bilhões até 2022 para tocar as obras, segundo estimativas da Infraestrutura. Com isso, a pasta estima que seria possível gerar entre 500 mil e 1 milhão de empregos no período. Apesar de a iniciativa ter contado com pouca participação de Guedes, pelos altos gastos, Mourão disse que ela não vai de encontro às diretrizes da equipe econômica.
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Este ano, é preciso abrir o cofre "para poder intervir na gravidade da crise provocada pelo coronavírus", considerou Mourão. "O governo tomou uma série de medidas, mais de 30, praticamente jogando dinheiro de helicóptero, no intuito de manter a atividade econômica e capacidade de sobrevivência de pessoas e empresas durante esse período", explicou.
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