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Bolsonaro quer parecer da Saúde para liberar volta de jogos de futebol

O presidente disse que o governo tem estudado maneiras de buscar viabilizar um parecer do Ministério da Saúde para liberar a volta gradual de jogos e torneios de futebol

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na tarde desta segunda-feira (27/4) na saída do Palácio da Alvorada, que o governo tem estudado maneiras de buscar viabilizar um parecer do Ministério da Saúde para liberar a volta gradual de jogos e torneios de futebol.
 
"Fui procurado por algumas autoridades do futebol, está sendo trabalhado neste sentido. Conversei com um técnico de futebol neste fim de semana, lá no Rio Grande do Sul, que foi favorável, primeiramente, a não ter (jogos), porque a contaminação acontece no vestiário, e agora é favorável (ao retorno)", apontou Bolsonaro.

Segundo o presidente, inicialmente, os jogos não contariam com torcida. Ou seja, com portões fechados. "É só você não deixar tanta gente no vestiário", justificou. “Flamengo e Palmeiras têm folha próxima de R$ 15 milhões. Times de segunda divisão, uma parte vai ser extinta. Pelo que me consta já estão fazendo acordos para jogador ganhar 60%, 50%, 40% do que ganham, não tem receita, bilheteria, não tem televisão", ressaltou.

Bolsonaro disse que vem tendo conversas sobre o assunto com o secretário especial do Esporte Marcelo Magalhães.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, também falou sobre a possibilidade de retomada do futebol e das conversas que estão ocorrendo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"Existe um pedido para avaliar o retorno de jogos sem público, da CBF. Isso é uma coisa que estamos avaliando. Nem tudo o que a gente avalia é para ser definido. Não é coisa definida ainda. Mas são algumas iniciativas que de alguma forma poderiam trazer uma rotina um pouco melhor para o dia a dia das pessoas", concluiu.

Fake News


O presidente também comentou a fala da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que, na tentativa de defendê-lo rebatendo acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou que Bolsonaro "queria informações sobre ele próprio, e não sobre outras pessoas".

"Eu nunca pedi isso daí. Zero. Nenhum parente meu está sendo investigado pelo Supremo. E o que está de fake news está em segredo de Justiça.  Ninguém sabe. Vocês não sabem os nomes dos parlamentares que estão sendo investigados. Eu nunca pedi para interferir. Nada. Zero", justificou.

Questionado se a troca de mensagens entre Moro e Zambelli havia sido distorcida, Bolsonaro ironizou: "Eu não vou mostrar meu celular para o William Bonner".

Bolsonaro também falou que sofre acusações de fake news desde antes da campanha e se comparou ao adversário à época e também candidato às eleições de 2018. "Me apresente um poster que seja fake news. Um poster de piada não vale, isso é meme. Não vale. Me apresenta um poster que prejudicou o Haddad por exemplo, não interessa quem fez, um mentiroso sobre o Haddad. Eu te apresento contra mim, homofóbico, racista, fascista, xenófobo. Eu apresento. Eu fui quem mais sofreu fake news. Fui eu, não foi o Haddad", concluiu.