Correio Braziliense
postado em 29/04/2020 04:03
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que representa mais de 14 mil juízes no país, afirmou que vai zelar para que autoridades que estão na investigação envolvendo as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro atuem com “independência e autonomia”, independentemente do resultado do inquérito. Em nota, a entidade disse que está atenta aos desdobramentos da apuração, que classificou como “sensível e que gera repercussões relevantes para o Brasil”.
O texto assinado pela presidente da associação, Renata Gil, diz que devem ser solicitados documentos aos envolvidos, tomados depoimentos e adotadas as medidas necessárias para concluir se estão presentes ou não elementos de autoria e materialidade para a abertura de uma ação penal ou para o arquivamento do caso.
Ao determinar a abertura do inquérito, na segunda-feira, o ministro Celso de Mello autorizou as diligências requeridas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. O decano da STF deu 60 dias para que Moro seja ouvido pela Polícia Federal. Aras também pediu para que sejam apresentadas provas de corroboração da denúncia feita pelo ex-chefe da Justiça.
Em sua decisão de 17 páginas, o decano observou que o presidente da República “também é súdito das leis”, apesar de ocupar uma “posição hegemônica” na estrutura política brasileira, “ainda mais acentuada pela expressividade das elevadas funções de Estado que exerce”.
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