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'Ministério nunca mudou a orientação de manter o distanciamento', diz Teich

A declaração foi dada durante a participação de Teich em uma audiência pública no Senado Federal

Diante do aumento crescente de mortes e casos do novo coronavírus, o ministro da Saúde, Nelson Teich, declarou nesta quarta-feira (29/4) que o Ministério da Saúde nunca se posicionou para saída do isolamento social. “O Ministério da Saúde nunca mudou a orientação original de manter o distanciamento. Essa orientação vem sendo mantida e onde a gente está vendo uma alteração em relação a isso é uma decisão dos governadores. Isso não é uma decisão nossa. Nossa orientação desde o começo é o distanciamento”, disse. 

A declaração foi dada durante a participação de Teich em uma audiência pública no Senado Federal. O ministro foi convocado por senadores para esclarecer quais ações serão providenciadas pela pasta para socorrer os estados e municípios no combate à pandemia da Covid-19. 

Teich explicou que o Ministério da Saúde discute critérios para que haja uma flexibilização das medidas “no momento certo”. “O fato da gente estar planejando agora não quer dizer que a gente vai liberar e sugerir uma flexibilização no momento que a curva ainda está ascendente”, pontuou. Segundo Teich, um dos pré-requisitos para flexibilizar medidas é “ter a curva saindo do ascendente e começando a entrar no descendente”. 

O fim do isolamento social horizontal é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia do novo coronavírus. Teich evitou comentar as recentes declarações do presidente, mas o defendeu ao dizer que o chefe do Executivo “está preocupado com as pessoas e com a sociedade”. 

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“Em momento algum a gente não se solidariza com as famílias, não sofre em relação ao que acontece com a sociedade e estamos buscando soluções diferentes do que vinha sendo feito até agora”, disse em outro momento. 

Pico da Covid-19 

No início da audiência, o ministro chegou a afirmar que não sabe quando vai acontecer o pico de casos do novo coronavírus no Brasil. “Quando vai ser o pico? Não sei e ninguém sabe. Não sou que não sei, ninguém sabe”, afirmou Teich. 

Mais cedo, o Ministério da Saúde divulgou que o país teve o maior número de casos confirmados nas últimas 24 horas. O sistema recebeu mais 6.276 novos registros de casos e, ao todo, 78.162 pessoas estão infectadas no Brasil.