Politica

Gilmar, após ataque de Bolsonaro: censura ao Judiciário é inaceitável

Ministro se referiu ao colega de Corte, Alexandre de Moraes, que foi vítima de ataques do presidente da República

Correio Braziliense
postado em 30/04/2020 14:19
Ministro se referiu ao colega de Corte, Alexandre de Moraes, que foi vítima de ataques do presidente da RepúblicaO ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu, sem fazer referências diretas, os ataques do presidente Jair Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes. O chefe do Executivo criticou uma decisão de Moraes que suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a chefia da Polícia Federal.

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Na manhã desta quinta-feira (30), Bolsonaro disse que vai recorrer da decisão e espera avaliação célere. "Eu ainda não engoli essa decisão do Moraes", disse o presidente. "Tirar numa ‘canetada’, desautorizar o presidente da República com uma ‘canetada’ dizendo em impessoalidade? Ontem quase tivemos uma crise institucional. Faltou pouco. Eu apelo a todos que respeitem a Constituição”, completou Bolsonaro.

Pelo Twitter, Gilmar Mendes afirmou que decisões judiciais podem ser criticadas, mas que não se pode aceitar censura contra o Poder Judiciário. "As decisões judiciais podem ser criticadas e são suscetíveis de recurso, enquanto mecanismo de controle. O que não se aceita - e se revela ilegítima - é a censura personalista aos membros do Judiciário. Ao lado da independência, a Constituição consagra a harmonia entre poderes", escreveu o ministro.  

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