Politica

Após saída de Moro, avaliação negativa do governo Bolsonaro sobe a 49%

A nota média atribuída ao presidente, que era de 5,1 na pesquisa anterior, caiu para 4,7 no levantamento atual

Correio Braziliense
postado em 04/05/2020 10:59
Presidente Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (4/5)A avaliação negativa do governo de Jair Bolsonaro subiu de 42% para 49% depois do pedido de demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de acordo com a pesquisa XP Ipespe. Por outro lado, a avaliação positiva variou de 31% para 27%. 

As duas marcas são o maior e o menor valor da série, iniciada em janeiro de 2019, segundo a XP Ipespe. 

Saiba Mais

Para esse levantamento, foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 28, 29 e 30 de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais. A sondagem anterior foi divulgada no dia 24 de abril, dia da demissão de Moro

Para o restante do mandato, houve movimento semelhante, com aumento da expectativa negativa, de 38% para 46% e queda na expectativa positiva, de 35% para 30%. 

Avaliações


No período, caiu também a nota média atribuída ao presidente, que era de 5,1 na pesquisa divulgada em 24 de abril e foi de 4,7 no levantamento atual. Já a nota média atribuída a Sérgio Moro teve movimento inverso: passou de 6,2 para 6,5 desde sua saída do governo.

Quanto à avaliação do Congresso, a parcela dos que consideram ruim ou péssimo passou de 36% para 40%, enquanto a de ótimo ou bom variou de 18% para 16%. 

Sobre os efeitos da demissão de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, continua em 67% a fatia dos entrevistados que acreditam que ela trará impactos negativos para o restante do governo. Em relação ao novo ministro, André Mendonça, 69% dizem acreditar que ele terá uma atuação com interferências do presidente, enquanto 19% esperam uma atuação independente.

Economia


A nova pesquisa também mostrou uma percepção mais desfavorável sobre a economia. Dos entrevistados, 52% acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo oscilaram de 35% para 32%.

A maior parcela dos participantes (62%) acredita que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, para superar a crise. Já 29% avaliam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.

O levantamento registrou ainda um aumento no porcentual dos que dizem estar com "muito medo" do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags