Politica

Bolsonaro não pode responder por excessos em ato, diz líder do governo

Em entrevista ao CB.Poder, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) ainda disse que as manifestações com pedidos de intervenção podem ter diversas interpretações

Correio Braziliense
postado em 04/05/2020 16:34
Eduardo GomesO líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), disse nesta segunda-feira (4/5), em entrevista do programa CB.Poder — uma parceria do Correio com a TV Brasília e cuja íntegra está disponível no fim desta reportagem — que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pode ser responsabilizado pelos "excessos" nas manifestações de domingo (3/5). Além da aglomeração de pessoas, que contraria recomendações de organizações internacionais de saúde para evitar a proliferação do novo coronavírus, o ato teve pedidos de intervenção militar — crime previsto na Constituição — e agressões a jornalistas.

"O presidente não é responsável pelo conteúdo e nem pelos excessos das manifestações e muito menos por medidas individuais e defesas de teses que não são pré-consultadas”, opinou. Gomes ainda acrescentou que isso “é uma maneira um pouco injusta achar que o Bolsonaro fez qualquer tipo de atitude contra a democracia”. 

O senador também avaliou que a manifestação pode ter diversas interpretações. “A gente não pode garantir que foi uma manifestação para fechar o Congresso e o Judiciário, pois, afinal de contas, tínhamos deputados federais e vários parlamentares. O que vimos majoritariamente foi um movimento de apoio ao presidente, o que é uma característica desse governo em relação aos movimentos de rua”, pontuou. 

Saiba Mais

Em relação à frase “chegamos ao limite, não tem mais conversa”, proferida pelo presidente, o senador disse que apenas Bolsonaro pode explicar o sentido. “Ele tem que explicar com o que quis dizer. Mas, de repente, ele quis registrar de maneira clara a sua contrariedade sobre a decisão judicial que ele define como interferência de poder. Isso não fez que ele tomasse uma medida sequer que não fosse na legalidade.”

Questionado sobre a , o líder do governo acredita que “a justiça vai definir no momento adequado sobre o que é prova e o que é simulação e principalmente quais foram as atitudes do presidente da república”. 

Assista à íntegra do programa: 






*Estagiário sob supervisão de Fernando Jordão

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