Politica

PGR pede que os três ministros citados por Sérgio Moro sejam ouvidos

Em seu depoimento, o ex-ministro da Justiça disse que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, Braga Netto, são testemunha.

Correio Braziliense
postado em 04/05/2020 16:23
Em seu depoimento, o ex-ministro da Justiça disse que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, Braga Netto, são testemunha.A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma série de diligências nesta segunda-feira (4/5) para apurar os fatos citados pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro em seu depoimento à Polícia Federal (PF), no sábado. Moro disse que há várias testemunhas da tentativa do presidente Jair Bolsonaro de intervir na direção da PF. Estão entre os citados o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro da Casa Civil, Braga Netto. 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou que esses três ministros de Estado devem prestar depoimento e determinou a realização de perícias. Aras também entendeu ser necessário ouvir, além dos três, a deputada federal Carla Zambelli (PSL/SP) e os delegados da PF, Maurício Valeixo, Ricardo Saadi, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, Alexandre Saraiva, Rodrigo Teixeira e Alexandre Ramagem Rodrigues. Todos devem prestar informações acerca de “eventual patrocínio, direto ou indireto, de interesses privados do presidente da República perante o departamento de Polícia Federal, visando ao provimento de cargos em comissão e a exoneração de seus ocupantes”.

A PGR também pediu ao STF cópia do vídeo da reunião realizada entre o presidente, o vice-presidente, ministros de Estado e presidentes de bancos públicos no último dia 22 no Palácio do Planalto e comprovantes de autoria das assinaturas da exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor geral da Polícia Federal, publicada no Diário Oficial da União em 23 de abril, além de eventual documento com pedido de exoneração, a pedido, encaminhada por Valeixo ao presidente.
 

Saiba Mais

Por fim, o procurador-geral da República solicitou a elaboração, observada a cadeia de custódia, de um laudo pericial pelo Setor Técnico-Científico do Departamento de Polícia Federal, a partir da mídia de armazenamento que espelha dados informa%u0301ticos contidos no celular do ex-ministro Sérgio Moro, bem como um relatório de análise das mensagens de texto e áudio, imagens e vídeos.

O procurador-geral requer o encaminhamento do procedimento investigativo à Polícia Federal, por intermédio do Serviço de Inquéritos da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), para a realização das diligências, e o agendamento das oitivas dentro de um prazo de cinco dias úteis contados a partir da intimação, com prévia comunicação da PGR para acompanhamento dos depoimentos.

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