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"O Rio é o meu Estado", diz Bolsonaro sobre interesse pelo comando da PF

À imprensa, Bolsonaro abriu a própria câmera do celular para mostrar um outro trecho de mensagem com Moro.

Correio Braziliense
postado em 05/05/2020 19:06
À imprensa, Bolsonaro abriu a própria câmera do celular para mostrar um outro trecho de mensagem com Moro.O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou na tarde desta terça-feira (05) o conteúdo do depoimento do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro à Polícia Federal. A fala ocorreu na entrada do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo confirmou interesse na Polícia Federal do Rio de Janeiro.

“O Rio é o meu Estado. O Rio é o meu Estado. Vamos lá: o caso porteiro, como foi a Polícia Federal no caso porteiro. Eu fui acusado de tentar matar a Marielle. Quer algo mais grave do que isso? O presidente da República acusado de um assassinato? A PF tinha que investigar”, apontou.

À imprensa, Bolsonaro abriu a própria câmera do celular para mostrar um outro trecho de mensagem com Moro.

Em uma parte já divulgada, Bolsonaro enviou ao então ministro uma matéria do site O Antagonista, intitulada "PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas". Embaixo do link, o presidente escreveu: "Mais um motivo para a troca", fazendo referência a troca do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo.

Então, Bolsonaro confirmou que havia enviado o conteúdo e mostrou um trecho anterior da conversa, dessa vez um dia antes, onde Bolsonaro encaminha o mesmo link e a resposta de Moro é: “Isso eh (sic) fofoca. Tem um DPF (departamento da Polícia Federal) atuando por requisição no inquérito da Fake News, e que foi requisitado pelo min (ministro) Alexandre. Não tem como negar o atendimento ah (à) requisição do STF".

Um dia antes, nesta última segunda-feira (04), o presidente havia feito uma alusão à mensagem na saída do Palácio do Alvorada. Bolsonaro cumprimentou eleitores e, segurando uma folha de papel sulfite, mostrou a mensagem do print da tela do WhatsApp da conversa entre ele e Moro. Logo abaixo, Bolsonaro escreveu em vermelho, em letras altas a mesma frase: "Isso é fofoca".

À imprensa, Bolsonaro abriu a própria câmera do celular para mostrar um outro trecho de mensagem com Moro."Essa é a acusação mais grave contra a minha pessoa", disse apontando para a folha de papel. "Aqui tem o print de uma matéria do 'O Antagonista'. Embaixo está escrito, eu escrevi embaixo. “Mais um motivo para troca". Estão me acusando por causa disso, dizendo que estou interferindo na PF. Não é isso? E estou dizendo que é fofoca embaixo, tá ok?", ironizou.

Mais cedo, ainda nesta terça-feira (5), Bolsonaro justificou a saída do diretor-geral da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira, dizendo que ele sairá da superintendência para se tornar diretor-executivo: “Para onde está indo o superintendente do Rio de Janeiro? Pra ser o diretor executivo da PF. Ele vai sair da superintendência pra ser diretor-executivo. E eu tô trocando ele? Estou tendo influência sobre a Polícia Federal? Isso é uma patifaria. Cala a boca, não perguntei nada. Cala a boca! Cala a boca! Ele está saindo para ser diretor executivo a convite do atual diretor-geral, não interfiro em nada. Se ele fosse desafeto meu e se eu tivesse ingerência na PF não iria para lá. Não tenho nada contra o superintendente do Rio de Janeiro e não interfiro na PF”, gritou.

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