Politica

Caminho para as provas

Correio Braziliense
postado em 06/05/2020 04:02
Moro indicou como elementos para comprovar suas declarações:

O próprio depoimento à Polícia Federal.

A mensagem que recebeu do presidente em 23 de abril de 2020 e as demais mensagens que disponibilizou para a PF.

Todo o histórico de pressões de Bolsonaro pela troca na Superintendência do Rio e do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo que foram objetos de declarações públicas do próprio presidente, “inclusive, em uma delas com invocação de motivo inverídico para a substituição do SR/RJ, ou seja, a suposta falta de produtividade”.

As declarações de Bolsonaro em seu pronunciamento, nas quais ele admitiu a intenção de trocar dois superintendentes, inclusive, o do Rio de Janeiro, sem apresentar motivos, e a substituição do então diretor-geral.

As declarações do presidente de 22 de abril de 2020, na reunião com o conselho de ministros e que são gravadas, nas quais ele admite a intenção de substituir o superintendente do Rio de Janeiro, o diretor-geral e até o ministro. Na reunião, ele teria, ainda, manifestado sua insatisfação por não receber relatórios de inteligência da PF, o que Moro disse não ser verdadeiro.

Protocolos da Agência Brasileira de Informação (Abin) de encaminhamento dos relatórios de inteligência produzidos com base em informações a ela repassadas pela PF e que demonstrariam que o presidente já tinha, portanto, acesso às informações de inteligência da PF, às quais, legalmente, tinha direito. Protocolos podem ser solicitados, também, à diretoria de inteligência da PF, segundo Moro.

A confirmação das declarações dele, Moro, por parte de Maurício Valeixo (ex-diretor da PF) e por Ricardo Saad (ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro). Citou também os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), com quem se reuniu para relatar a conversa que teve com Bolsonaro, na qual disse para o presidente que a troca na PF seria uma interferência política.

O telefone celular que disponibilizou para a PF, para extração das mensagens trocadas, via aplicativo WhatsApp, com o presidente da República (contato “presidente novíssimo”) e com a deputada federal Carla Zambelli, e que são as relevantes, no entendimento dele.



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