Correio Braziliense
postado em 06/05/2020 04:04
O presidente Jair Bolsonaro deixou claro, ontem, a insatisfação com a secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, com quem teve um “noivado” (ambos chamaram assim o processo de negociação) de semanas. Foi publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU) portaria renomeando para a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte) o maestro Dante Mantovani, que foi retirado do cargo pela atriz no dia em que ela tomou posse, em 4 de março.
A nomeação não durou. Ontem à noite, uma edição extra do DOU tornou sem efeito o ato. Ambos foram assinados pelo ministro-chefe da Casa Civil, o general Braga Netto, e não pela secretária. Na época em que Mantovani foi exonerado, no dia em que Regina assumiu o cargo, a portaria também foi assinada pelo ministro. Mantovani ficou conhecido por ter associado rock com sexo, satanismo e aborto em um vídeo publicado no seu canal no YouTube.
Antes mesmo de o governo recuar na nomeação, áudio obtido pela revista Crusoé, ontem, apresentou conversa entre Regina e uma assessora. Segundo a revista, o contexto do diálogo é justamente a nomeação de Mantovani. “Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando”, disse a secretária.
Em outro momento, Regina diz: “Eu já estava esperando. Essa noite eu acordava de uma em uma hora e falava assim: tá esquisito, tá muito esquisito”. Regina Duarte tem um almoço marcado para hoje com Bolsonaro.
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